O Governo de São Paulo e a organização social Santa Marcelina Cultura promovem a 41ª edição do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão “Dr. Luís Arrobas Martins” de 3 de julho a 1º de agosto de 2010. O evento tem apoio institucional do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet. Com direção artística e pedagógica da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, o Festival traz como tema “A Música e seus Diálogos” e muitas novidades, tanto para o público quanto para os jovens músicos selecionados para compor o corpo de bolsistas do Festival.
O número de concertos e atividades pedagógicas foi ampliado e os espetáculos também acontecem na capital. De uma média de 40 atrações em edições anteriores, passa a mais de 80 concertos em 2010. Onze deles ocorrem em São Paulo – no SESC Vila Mariana e na Sala São Paulo –, com algumas das principais atrações que se apresentam em Campos do Jordão, no Auditório Claudio Santoro, no Palácio Boa Vista (capela), na Praça do Capivari e nas igrejas São Benedito, Santa Terezinha e Nossa Senhora da Saúde. O Festival também ganha mais uma semana, com destaques de nível internacional em todos os 30 dias de programação.
Novidades no formato do evento permitiram integrar a programação pedagógica com a artística: os professores que vêm a Campos na qualidade de residentes, alguns dos quais estão entre os melhores músicos do mundo, também se apresentam em concertos de câmara. O mesmo acontece com os bolsistas, que formam grupos de câmara para tocar nas igrejas de Campos e, no encerramento oficial do evento, apresentam-se na celebrada Orquestra do Festival, na Sala São Paulo, em 1º de agosto, sob a regência dos maestros Yan Pascal Tortelier e Claudio Cruz. Além disso, praticamente todos os destaques da agenda de concertos ministram master classes, oficinas e palestras para os 170 bolsistas e para o público interessado, que tem a possibilidade de presenciar um lado pouco conhecido desses artistas.
Destaques da programação
O concerto de abertura é feito pela Osesp em companhia do flautista Emmanuel Pahud e do regente uruguaio Carlos Kalmar. Ao longo dos 30 dias, são mais 80 concertos para apreciar a excelência de:
- Treze orquestras brasileiras – com o título de “Orquestra residente do Festival”, a Osesp realiza nove concertos com regentes do porte de Kalmar e Yan Pascal Tortelier, além de Frank Shipway e Alex Klein. O Festival traz ainda a OSB sob a batuta de Roberto Minczuk, a Filarmônica de Minas Gerais regida por Fábio Mechetti, a Jazz Sinfônica, a Orquestra Municipal de São Paulo, a OSUSP e a Banda Sinfônica do Estado. Dois concertos rendem homenagem aos 150 anos de nascimento do compositor austríaco Gustav Mahler: a Orquestra Experimental de Repertório, com Jamil Maluf à frente, traz as Canções da Trompa Mágica do Menino, e a OSB executa a majestosa 3ª Sinfonia.
- Solistas de prestígio mundial – junto com essas orquestras, apresentam-se solistas de renome como o violinista Gilles Apap ¬– famoso por sua interpretação perfeita de Mozart e versatilidade em gêneros tradicionais, o violoncelista Marc Coppey e o violonista Fábio Zanon, além de um grupo seleto de pianistas. O Festival participa do Ano Chopin, que celebra os 200 anos de nascimento do compositor, e traz o pianista polonês Zbigniew Raubo e a brasileira Cristina Ortiz com um repertório especialmente dedicado a Chopin. Juntamente com as obras do compositor polonês, o repertório de Schumann (também homenageado pelos seus 200 anos), Brahms e Lizst será imortalizado na execução de pianistas brasileiros que dispensam apresentação: Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Caio Pagano.
Mantendo a tradição de ser o evento que oferece a melhor e maior programação de música clássica e romântica em toda a América Latina, em 2010 o Festival vai além: retomando o que preconizou Eleazar de Carvalho desde 1973, a programação está mais abrangente e o público pode apreciar atrações de primeiro escalão mundial com repertório de todos os períodos da música, desde a música antiga até a contemporânea. Mais uma novidade: além das tradicionais orquestras, neste ano o número de opções de música de câmara se multiplicou, sendo grande parte delas gratuita.
- Música de câmara – com forte presença nesta edição, proporciona ao público a oportunidade de ver no palco um duo inédito entre o violoncelista Antonio Meneses e a pianista Maria João Pires. Entre as atrações internacionais estão o trio La Gaia Scienza, liderado pelo violoncelista Paolo Beschi, com repertório clássico e romântico, Les Musiciens de Saint-Julien e Akamus (Akademie für Alte Musik Berlin), que trazem repertório de música antiga, em contraste com a música contemporânea do Quarteto Arditti e o novíssimo grupo de música contemporânea Camerata Aberta, mantido pela Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo. Seis grupos de câmara da Osesp se apresentam em concertos gratuitos nas igrejas de Campos do Jordão. Entre os duos, mais uma vez o contraste entre a música antiga de Luis Otávio (violino barroco) & Alessandro Santoro (cravo) e Dimos Goudaroulis (violoncelo piccolo) & Nicolau Figueiredo (cravo) e o duo de piano e percussão com Paulo Álvares & Eduardo Leandro.
Impacto cultural e econômico
O Festival de Campos é um dos maiores eventos de promoção e difusão cultural com projeção internacional. "Como o maior evento de música clássica do País e da America Latina, é inestimável a sua importância para a formação cultural da população brasileira e para o incentivo de jovens talentos da música", afirma o Governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman.
O Festival atrai um grande público para a temporada de inverno de Campos do Jordão que, além de ter contato com as atividades culturais, provoca impacto na economia paulista. Em 2009, foram mais de 50 mil espectadores e um total de mais de 1,5 milhão de turistas na cidade de Campos do Jordão, e este ano, com as novidades na programação, espera-se que pelo menos 90 mil pessoas sejam atingidas diretamente pelas atividades do Festival.
O diretor-executivo do Festival, Paulo Zuben, acredita que o investimento feito para a ampliação na programação se justifica pelo aumento do número de concertos e a realização de uma parte do Festival em São Paulo, o que deve trazer retorno além do previsto para a área cultural. “Com essas mudanças na proposta do Festival, haverá um público maior em Campos do Jordão e, com isso, o impacto que o Festival tem na economia e no turismo regionais se intensificará", afirma Zuben.
Patrocinado pelo Bradesco Prime pelo sexto ano consecutivo, o evento aumenta ainda seu grupo de parceiros em 2010, tendo a Cielo como rede oficial de pagamentos, além de contar com significativa ampliação do apoio de instituições que renovaram sua parceria com Festival: American Express, Imprensa Oficial, Melhoramentos, Unimed Campos do Jordão, Telefônica e Fundação OSESP.
A Música e seus Diálogos
A temática escolhida para a 41ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão propõe uma abertura. “O tema permite oferecer aos públicos e aos bolsistas a oportunidade de conhecer e trabalhar repertórios distintos e músicos que incorporaram a seus trabalhos procedimentos de interpretação de uma determinada época e obras de outra época. Isso permite um livre trânsito entre as técnicas interpretativas e o repertório composicional”, explica Silvio Ferraz, diretor artístico-pedagógico do Festival.
Para atingir esse objetivo, foram reunidas diferentes propostas: de músicos reconhecidos pelo repertório contemporâneo tocando peças clássicas com leitura atual (Quarteto Arditti) a grupos que vão fundo na história e interpretam canções medievais de forma tradicional (Les Musiciens de Saint-Julien).
Os diálogos continuam com a participação do solista que, ao mesmo tempo que é capaz de executar com excelência concertos de Mozart à frente da Osesp, em outras apresentações incorpora novas sonoridades, unindo música oriental e folk americano (Gilles Apap). O Ocidente encontra o Oriente por meio do barroco japonês lado a lado com Vivaldi no concerto da Camerata Fukuda. Há também um encontro inusitado entre um contrabaixo (Catalin Rotaru) e um violoncelo (Fabio Presgrave), executando uma peça composta origianalmente apenas para violoncelos. Os instrumentos musicais também interagem com o canto (Jazz Sinfônica e Ray Lema) e com a dança (São Paulo Companhia de Dança).
Imersão com mestres: face pouco conhecida do Festival
Considerado o maior festival de música clássica da América Latina pelo volume e pela qualidade das atrações, o Festival de Campos do Jordão também é, sob o ponto de vista da formação de novos músicos, uma vitrine ímpar para jovens talentos da música brasileira. Ao longo de suas quatro décadas de existência, muitos dos maiores nomes da música clássica do Brasil um dia foram estudantes em Campos do Jordão. De lá, bolsistas são convidados por professores para integrar formações ou estudar no exterior.
O expressivo aumento da programação de difusão cultural do Festival deste ano vem acompanhado pelo fortalecimento da sua missão educacional: 170 jovens músicos brasileiros e estrangeiros (Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos e Peru) têm a oportunidade de aprimorar seu talento ao participar de um laboratório intensivo com músicos de renome das mais diversas nacionalidades, assim como professores residentes ligados a instituições de referência na música clássica no Brasil e no mundo, a exemplo do Conservatório de Paris, a Escola Superior de Música de Colônia, a Filarmônica de Berlim, a Filarmônica de Viena entre outros, e artistas de prestígio internacional, como os brasileiros Cristina Ortiz e Fábio Zanon e os estrangeiros Irvine Arditti (violino), Albrecht Mayer (oboé), Herbert Mayr (contrabaixo) e Gilles Apap (violino).
Nas duas primeiras semanas de atividades, todos os bolsistas dos cursos de instrumento dedicam-se às aulas individuais de instrumento e à prática de música de câmara, em dezenas de grupos, que ensaiam sob a orientação dos professores do Festival. A partir da segunda semana, os grupos de câmara de bolsistas e professores se apresentam como parte da programação artística do Festival.
A terceira e a quarta semanas do Festival são dedicadas à prática de música orquestral. Os bolsistas formam a Orquestra do Festival, que se apresenta nos concertos de encerramento, no dia 30 de julho no Auditório Claudio Santoro, 31 de julho na Praça do Capivari e 1º de agosto na Sala São Paulo. Os trabalhos da Orquestra do Festival são conduzidos por Yan Pascal Tortelier, regente-titular da Osesp, e Claudio Cruz, regente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e spalla da Osesp.
Premiação para estimular novos talentos
Os bolsistas de nacionalidade brasileira concorrem a seis premiações: além do tradicional Prêmio Eleazar de Carvalho, que concede uma bolsa de estudos no exterior (no valor de R$ 48 mil) ao jovem músico de maior destaque, o Festival inaugura o Prêmio Ayrton Pinto, que oferecerá quatro premiações de R$ 8 mil aos melhores bolsistas por categoria de instrumentos. Ayrton Pinto foi por muitos anos o diretor pedagógico do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Falecido em 2009, é homenageado pelo Festival com esta condecoração àqueles a quem Ayrton mais se dedicou. Outra premiação vai para os bolsistas do curso de composição, que participam do Concurso Camargo Guarnieri, com prêmio no valor de R$ 15 mil.
Os bolsistas do Festival foram selecionados entre cerca de mil inscritos, que se apresentaram a bancas examinadoras formada por músicos renomados, muitos ligados à Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, que organiza o Festival. Participaram da seleção candidatos de até 30 anos (exceto para os cursos de canto e composição, que têm limite de 35 anos) especializados em qualquer dos instrumentos que compõem uma orquestra, além de piano, violão, canto, composição e técnica de gravação de música clássica.
Parte dos bolsistas do curso de composição tem suas obras estreadas no Festival. Para essas estreias, o Festival conta com a participação de um Grupo de Câmara formado por músicos especializados em novas técnicas instrumentais: Eliane Tokeshi (violino), Fabio Presgrave (violoncelo), Luís Afonso Montanha (clarinete e clarone), Cássia Carrascoza (flauta em dó, flauta em sol e piccolo), Lidia Bazarian (piano), Carlos Tarcha (percussão) e Roberto Victorio (regência).
Os bolsistas do curso de técnica de gravação de música clássica têm como laboratório a gravação de alguns dos principais concertos do Festival, envolvendo as mais diversas formações instrumentais e vocais, desde solistas e música de câmara até orquestras sinfônicas.
Dezenas de atrações gratuitas
Todos os concertos realizados na Praça do Capivari e nas igrejas de Santa Teresinha, São Benedito e Nossa Senhora da Saúde, em Campos do Jordão, são abertos. No total, são 37 apresentações gratuitas, entre as 14 apresentações na Praça do Capivari, incluindo uma apresentação da Orquestra do Festival (composta pelos bolsistas), no dia 31 de julho, e 21 concertos distribuídos entre as igrejas da cidade. Além disso, em dois concertos do Auditório Cláudio Santoro a entrada é gratuita (18 e 25/07) e em alguns outros, são oferecidos preços promocionais para moradores de Campos do Jordão.
Responsabilidade social
Parte do rendimento com os ingressos do Festival é revertida para ações de educação musical e inclusão social, beneficiando comunidades menos favorecidas da cidade de Campos do Jordão. Nos meses de junho e julho, sob a coordenação da professora Teca Alencar, do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, o Festival oferece formação em ensino de música para 50 professores de educação artística da rede pública de Campos. Além disso, durante o mês de julho, 150 crianças da comunidade jordanense participam de um conjunto de atividades integradas de iniciação musical.
Santa Marcelina Cultura
A gestão do Festival está a cargo da Santa Marcelina Cultura, Organização Social que administra desde 2008 alguns dos principais programas de formação musical do Governo do Estado de São Paulo.
Com a presidência da Irmã Rosane Ghedin, a entidade responde pela gestão da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, realizadora do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. O corpo docente da Escola é formado por grandes nomes da música brasileira erudita e popular e a instituição atende 1.800 alunos desde a iniciação musical até a formação avançada.
Sob responsabilidade da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo estão também os chamados Grupos Jovens – a Orquestra Jovem do Estado, o Coral Jovem do Estado, a Banda Sinfônica Jovem do Estado e a Orquestra Jovem Tom Jobim –, que juntos constituem o maior programa de bolsistas em formação pré-profissional do Brasil. Em 2010, a Escola estreou a Camerata Aberta, seu grupo residente de professores, formado por 16 instrumentistas de altíssimo nível.
A Santa Marcelina Cultura também é responsável pelo programa Guri Santa Marcelina, que leva ensino musical gratuito a 8 mil crianças e jovens da periferia de São Paulo, em territórios de alta vulnerabilidade social, distribuindo-se em 20 polos na capital paulista, sendo 17 deles em parceria com a Prefeitura da Cidade de São Paulo. Em 2010, será concluída uma nova etapa de ampliação de polos, que levará o número total de beneficiários do programa à marca de 20 mil alunos.
A organização social Santa Marcelina Cultura é o braço da Congregação das Irmãs Marcelinas na área da cultura, dirigido pela Irmã Roseni Peixoto. A Congregação tem uma história de quase 100 anos no Brasil na gestão de escolas, faculdades e hospitais, por meio de parceria duradoura mantida com o Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo. A ação educativa das Irmãs Marcelinas no país inclui unidades de ensino infantil, fundamental e médio e de ensino superior nas áreas de artes e saúde. Atuando também na área de atendimento à saúde, a congregação mantém, entre outras entidades, quatro hospitais referenciais no atendimento à população da Grande São Paulo, nas regiões de Itaquaquecetuba, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista e Itaquera.
O novo site do Festival
O novo site do Festival nasce com o objetivo de ir além da mera divulgação dos concertos: sua proposta é conquistar o usuário para a navegação por meio de novas ferramentas para curiosos, historiadores e críticos interessados por conteúdos sobre compositores, intérpretes, obras, etc.
Além das páginas tradicionais (Programação, Festival, Artistas residentes e convidados), há ainda as seções interativas Quiz, Promoções, Enquete e uma novidade: o “Bolsista Repórter”, espaço em que o aluno do Festival poderá circular o seu próprio conteúdo, incluindo texto, foto, vídeo e áudio. Interligado às redes sociais, o novo site entra no Twitter, Youtube e Facebook, onde a página do Festival já reúne antigos e novos participantes do evento, trocando informações, fotos e vídeos de edições anteriores. Na Sala de Imprensa, estão disponíveis imagens dos concertos com atualização diária a partir do início do evento, releases e clipping.
Destaques do Festival
Yan Pascal Tortelier, o revelador de talentos
Regente-titular da Osesp desde o início de 2009, Tortelier dirigiu a Filarmônica da BBC entre 1992 e 2003, e já regeu algumas das mais respeitáveis sinfônicas do mundo, como a de Londres, Paris, Montreal, São Petersburgo, Oslo, Los Angeles e Pittsburgh. À frente da orquestra jovem da BBC, organizou durante vários anos o BBC Proms, festival dedicado à revelação de talentos.
Iniciou os estudos de piano a violino aos quatro anos de idade. Quando estudante venceu o primeiro concurso de violino do Conservatório de Paris e teve aulas de regência com Franco Ferrara, na Itália. Já regeu orquestras como a Sinfônica de Londres, Philharmonia e Filarmônica de Londres, Orquestra de Paris, as filarmônicas de São Petersburgo, de Oslo, do Teatro Alla Scala de Milão, Rádio Holanda, Royal Concertgebouw, Filarmônica de Los Angeles, as sinfônicas de São Francisco, Baltimore, Pittsburgo, Montreal e a Orquestra de Filadélfia.
Cláudio Cruz, a unanimidade
Regente da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, spalla da Osesp e primeiro violino do Quarteto Amazonas, iniciou-se na música com seu pai, o luthier João Cruz. Por duas vezes premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), estreou na Europa como solista da Kammerorchester Berlin e, a partir de então, tem sido convidado a atuar em países da Europa e das Américas.
Regeu orquestras como a Sinfônica das Américas, nos EUA, a Metropole, na Holanda, a Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e a Osesp. Foi diretor musical da Orquestra de Câmara Villa-Lobos, regente da Orquestra de Câmara da Osesp e regente titular da Orquestra Sinfônica de Campinas. Gravou, na Itália, obras de compositores brasileiros além de CDs com a Orquestra de Câmara Villa-Lobos e Quarteto Amazônia, com o qual ganhou o Grammy Latino (2002).
Albrecht Mayer: o melhor oboé do mundo
A crítica já disse até que ele elevou o oboé à categoria de instrumento de sedução, verdade ou não, o alemão Albrecht Mayer é o primeiro oboé da melhor orquestra do mundo, a Filarmônica de Berlim. No posto desde 1982, já apareceu como solista junto com Claudio Abbado, Sir Simon Rattle e Nikolaus Harnoncourt. Na música de câmera, toca regularmente com parceiros como a pianista Hélène Grimaud, e o barítono Thomas Quasthoff, com quem gravou um CD de cantatas de Bach.
Está sempre em busca de novos repertórios para o instrumento, preferência registrada no CD Lieder ohne Worte, com transcrições de Bach para oboé e orquestra, que alcançou a segunda posição no ranking de vendas de música clássica na Alemanha. O topo da lista foi atingido pelo CD In Search of Mozart, gravado com Claudio Abbado e a Mahler Orquestra de Câmara. Gravou ainda sua interpretação para Haendel. e, ano passado, um CD com peças de Bach. Mayer foi eleito o instrumentista do ano e premiado com o ECHO Klassic Prize pela academia fonográfica alemã em 2004 e 2008.
Site: www.albrechtmayer.com
Alex Klein de volta às origens, após sucesso em Chicago
Iniciou seus estudos de oboé aos nove anos. Estudou com James Caldwell no Conservatório de Oberlin, nos EUA, e venceu vários prêmios internacionais como o Concurso Internacional Lucarelli de Oboé e a Competição Internacional de Desempenho Musical de Gênova, sendo o único oboísta a vencê-la desde Heinz Holliger, três décadas antes.
Primeiro-oboísta da Sinfônica de Chicago, atuou como solista com as orquestras de Filadélfia, Suisse Romande e Sinfonieta de Chicago. Venceu o Grammy (2002) na categoria instrumentista clássico, com sua gravação do Concerto para Oboé e Pequena Orquestra de Richard Strauss. Deixou a Orquestra de Chicago, em 2004, por conta da distonia focal, distúrbio neurológico que interfere nos movimentos de sua mão. Desde então dedica-se à regência, ao ensino e em performances como solista.
Site: www.youtube.com/watch?v=Qt5j4o1XJRw
Antonio Meneses e o discreto charme de um soberano
O violoncelista brasileiro integrou o Trio Beaux-Arts, ao lado de Menahen Pressler (piano) e Daniel Hope (violino). Estudou com Antônio Janigro em Düsseldorf e em Stuttgart. Venceu o Concurso Internacional de Munique e recebeu o 1º prêmio e a Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou. Apresenta-se regularmente com orquestras como as filarmônica de Berlim, de Nova York, de Moscou, de São Petersburgo e de Israel, as sinfônicas de Londres, da BBC, do Concertgebouw e de Viena, Orchestre de la Suisse Romande e a Sinfônica NHK.
Realiza concertos de música de câmara e colaborou com os quartetos Emerson, Vermeer, Amati e Carmina. Com Anne Sophie Mutter e a Filarmônica de Berlim, sob a regência de Herbert von Karajan, gravou o Concerto para Violino e Violoncelo de Brahms. Outras gravações incluem interpretações com a Sinfônica da Basiléia e a Orquestra de Câmara de Munique.
Site: www.antoniomeneses.com
Akamus – o número um da Música Antiga na Europa
Fundado em 1982, o Akademie Für Alte Musik Berlin (Akamus) é um dos mais importantes conjuntos de câmara dedicados à música antiga. Apresenta-se nos principais centros musicais do mundo. Recebeu prêmios como o Diapason d’Or, Gramophone Award e Edison Award.Com 17 integrantes e nenhum líder instituído, cultua a democracia interna e tem orgulho de sua história, que eles próprios classificam como “uma exibição musical corajosa de soberania contra o regime da Alemanha Oriental socialista”.
Site: www.akamus.de
www.youtube.com/watch?v=d-jZJCIn8nc&feature=related
Arditti Quartet: sinônimo de contemporaneidade
O quarteto de cordas executou as estreias mundiais de compositores como Cage, Stockhausen e Xenakis. Formado por Irvine Arditti, Ashot Sarkissjan (violinos), o brasileiro Ralf Ehlers (viola) e Lucas Fels (violoncelo), adquiriu uma excelente reputação mundial por sua técnica apurada de interpretação do repertório contemporâneo. Desde a sua criação, em 1974, inúmeras peças foram escritas especialmente para essa formação, fruto de um trabalho realizado em parceria com os compositores, prática que o grupo considera fundamental para a interpretação do repertório moderno.
Site: www.ownvoice.com/ardittiquartet
www.youtube.com/watch?v=-R5x9mA7W0o&feature=related
Arnaldo Cohen mistura técnica e ardor
“Cohen é possuidor de uma técnica extraordinária e capaz de chamuscar as teclas do piano ou derreter nossos corações”, disse a crítica do The Times. Professor na Universidade de Indiana, lecionou na Royal Academy of Music e no Royal Northern College of Music, ambos em Londres. Estudou com Jacques Klein e graduou-se em piano e violino pela UFRJ.
Conquistou o 1º Prêmio no Concurso Internacional Busoni, na Itália, e foi elogiado por Yehudi Menuhin: “é um dos mais extraordinários pianistas que já ouvi”. Apresenta-se como solista nas mais importantes orquestras do mundo e é jurado de concursos como o de Chopin, em Varsóvia. Foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem do Rio Branco por seus serviços prestados ao país na área cultural. Gravou para o selo sueco BIS CDs com obras de Liszt e de compositores brasileiros. Também gravou com a Osesp um CD bastante elogiado pela crítica.
Site: www.arnaldocohen.com
www.youtube.com/watch?v=XC56NGI5tQs
O gênio cativante de Cristina Ortiz
Cristina alcançou o sucesso internacional como pianista de grandes orquestras e grupos de câmara. Atualmente mora em Londres e se aventura pelos caminhos da regência, no ápice de uma carreira que atingiu os holofotes em 1969, quando ganhou o cobiçado primeiro prêmio do Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, nos Estados Unidos. No ano seguinte, mudou-se para Paris, a convite de Magdalena Tagliaferro.
Solista com orquestras como as de Berlim, de Chicago, de Cleveland, de Nova York, de Praga, de Viena e de Londres, já trabalhou sob a regência de Ashkenazy, Chailly, Foster, Jansons, Järvi, Kondrashin, Leinsdorf, Masur, Mehta, Previn e Zinman. Como camerista, apresenta-se ao lado de artistas como Antonio Meneses, Uto Ughi, Emanuel Pahud, Lynn Harrell e o Quinteto de Sopro de Praga.
Possuidora de vasto e eclético repertório, assume compromisso com a música brasileira como na aclamada prémière do Chôro de Guarnieri, no Carnegie Hall, em Nova York, ou nos cinco concertos de Villa-Lobos, gravados para Decca. Realiza workshops e master classes onde apresenta sua experiência musical a jovens pianistas. Nos últimos anos atuou como solista/regente em Mendelssohn, com a Orquestra de Câmara de Praga e Mozart, com o Consort of London, em gravação para Collins Classics.
Site: www.cristina.ortiz.name
www.youtube.com/watch?v=iP3sBGNGGSo
Fabio Mechetti inova à frente da jovem Filarmônica de Minas
Regente titular e diretor musical da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. É também regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, nos Estados Unidos. Foi residente da Orquestra Sinfônica de San Diego e titular das orquestras sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual é, atualmente, regente emérito.
Na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington foi regente associado de Mstislav Rostropovich. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, atua regularmente na Escandinávia. No Brasil, foi convidado a dirigir a Osesp, a Orquestra Sinfônica Brasileira, as Sinfônicas de Minas Gerais, Brasília e Porto Alegre, e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Venceu o Prêmio Carlos Gomes (2008).
Site: www.fabiomechetti.com
A regência com sabedoria de Frank Shipway
Estudou piano e regência no Royal College of Music de Londres. Em 1973 se tornou assistente de Lorin Maazel, na Ópera de Berlim. Foi maestro convidado da Orquestra Sinfônica da Rádio Dinamarquesa de 1985 a 1988 e, em seguida, da Orquestra Real de Flandres, Bélgica. Em 1991 foi convidado para formar a nova Orquestra Sinfônica Nacional da RAI, Itália. Também conduziu muitas das principais orquestras do mundo como a Filarmônica de Londres, La Scala de Milão, Orquestra Filarmônica de Moscou e de Berlim.
Fábio Zanon e seu domínio do violão clássico
Uma das figuras dominantes do cenário internacional de violão clássico, Zanon tem-se apresentado em países da Europa, Américas e Oriente, convidado de teatros como o Royal Festival Hall e Wigmore Hall em Londres, Carnegie Hall em Nova York, Philharmonie em São Petersburgo, Musikhalle em Hamburgo, Concertgebouw em Amsterdã e os maiores teatros do Brasil. Alcançou proeminência internacional ao vencer o 30º Concurso Francisco Tarrega na Espanha (1996) e o 14º Concurso da Fundação Americana de Violão, nos Estados Unidos. De 2006 a 2008 escreveu e apresentou o programa O Violão Brasileiro na Cultura FM, uma série considerada marco no estudo do instrumento no país. Desde 2008, é professor visitante da Royal Academic of Music, em Londres.
Site: www.youtube.com/watch?v=2bY5FldjyD4
O espírito livre do violinista Gilles Apap
Ele destoa dos padrões eruditos no visual, no comportamento e nas leituras inusitadas que faz do repertório clássico, e já é considerado um dos maiores violinistas do século 21. Vencedor do prêmio de música contemporânea Yehudi Menuhin, o virtuose francês Gilles Apap, apresenta-se nos mais consagrados teatros do mundo vestindo calça jeans e camiseta de surfista. Como solista, evita a posição do spalla; prefere entrar no palco pela coxia e passear entre os músicos da orquestra.
O repertório acompanha o estilo alternativo do artista – trafega por Bach, Mozart, Vivaldi, country, folk, blues e música cigana. Atualmente, é um dos solistas de grande demanda por orquestras como as de Leipzig, Filarmônica de Israel, Filarmônica de Boston e Sinfônica de São Francisco.
Site: www.gillesapap.com
www.youtube.com/watch?v=HbiLBJMrymE&feature=youtu.be&a
Maria João Pires: uma das maiores pianistas da atualidade
De origem em família portuguesa, a pianista optou em 2009 pela nacionalidade brasileira. Ela começou a tocar piano com apenas três anos de idade e fez estreia em público aos cinco. Ao longo de sua carreira, já se apresentou em praticamente todos os grandes centros musicais do mundo, em recitais e como solista de concerto ao lado das mais prestigiosas orquestras e regentes, como Claudio Abbado, André Previn e Emmanuel Krivine.
Artista exclusiva da Deutsche Grammophon, tem recebido os mais importantes prêmios internacionais por suas gravações. Apresenta-se com o violinista francês Augustin Dumay e o violoncelista chinês Jian Wang em diversos concertos em países da Europa. Fundou em Belgais, Portugal, um centro de estudos de arte em que concebe novos caminhos para abordar as artes e o processo criativo de ensiná-las. Foi agraciada com o Prêmio do Conselho Internacional de Música da Unesco (2002).
Site: www.youtube.com/watch?v=5tVvu0l54kQ
Marc Coppey e seu cello inspiram uma geração de compositores
Marc Coppey destacou-se aos 18 anos, ao ganhar o primeiro prêmio e o especial pela melhor interpretação de Bach, na competição de Bach de Leipzig. Escolhido precocemente por Yehudi Menuhin, fez sua estreia em Paris e Moscou ao lado do violinista americano e Victoria Postnikova no Tchaikovsky Trio. Tornou-se solista em orquestras de peso, sob a regência dos maestros Emmanuel Krivine, Rafael Frühbeck de Burgos, Michel Plasson e Jean-Claude Casadesus, entre muitos outros. Fã de música de câmara, tocou com Maria João Pires, Nicholas Angelich, Aleksandar Madzar, Michel Beroff, Emmanuel Pahud e os quartetos Prazak e Talich. Seu repertório é eclético: toca as suítes de Bach completas, assim como o repertório mais apreciado nas salas de concerto, tanto como peças raras. Compositores como Durieux, Fénelon, Krawczyk, Lenot, Monnet, Pauset, Reverdy e Tanguy lhe dedicaram trabalhos.
Site: www.marccoppey.com
A genialidade do piano de Nelson Freire
Único brasileiro a figurar na coleção Grandes Pianistas do Século XX da gravadora Philips, Nelson Freire recebeu, por sua discografia, prêmios como o Diapason D’Or, o Grand Prix de l’Académie Charles Cros, o Choc da revista Le Monde de la Musique, 10 da Repertoire e o Prêmio Edison.
Solista, apresenta-se com maestros como Pierre Boulez, Charles Dutoit, Valery Gergiev, Lorin Maazel, Rudolf Kempe, Seiji Ozawa e André Previn, e orquestras como as filarmônicas de Berlim, Nova York, Munique e Israel; as sinfônicas de Viena e Londres; as orquestras de Paris, do Concertgebouw de Amsterdã e a Nacional da França, além da Royal Philharmonic e da Orchestre de la Suisse Romande. Estudou em Viena com Bruno Seidlhofer e ganhou a Medalha Dino Lipatti em Londres e o Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa.
Site: www.nelsonfreire.com
www.youtube.com/watch?v=v6ofsPqvdp0
Roberto Minczuk, um símbolo da moderna geração de regentes brasileiros
Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e da Filarmônica de Calgary e diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi diretor artístico adjunto e regente associado da OSESP, Sinfônica de Ribeirão Preto e regente titular da Sinfônica da UnB. Já regeu as orquestras filarmônicas de Nova Iorque, Los Angeles, Israel, Londres, Hallé e Roterdã e as orquestras da Filadélfia, de Lion, da França, da Bélgica e de Barcelona entre outras.
Recebeu o Grammy Latino pelo CD Jobim Sinfônico, o Emmy, o Prêmio Carlos Gomes, o APCA como Melhor Regente e o Prêmio TIM. Com a Filarmônica de Londres gravou obras de Ravel, Piazzolla, Martin e Tomasi; com a OSESP, CDs com a integral das Bachianas brasileiras e danças brasileiras; além de quatro CDs com a Orquestra do Festival de Campos do Jordão (antiga “Orquestra Acadêmica do Festival”).
Site: www.robertominczuc.com
O sucesso internacional de Caio Pagano
Caio Pagano tem-se apresentado como camerista e solista em diversos países da América, Europa e Ásia e já fez estreias mundiais de compositores brasileiros. Tocou ao lado de maestros como Ernest Bour, Szymon Goldberg, Comissiona Sergiu, Morton Gould, Eleazar de Carvalho, Jose Serebrier, Paul Freeman e James Sedares.
Iniciou seus estudos na escola de Magda Tagliaferro e depois com Helena Costa. Completou sua formação com Karl Engel, em Hanover, e com Conrad Hansen na Universidade de Hamburgo. Formado em direito pela USP, fez doutorado em música na Universidade Católica da América, em Washington. Como professor da USP, criou a Bienal Internacional de Música. Venceu competições internacionais, gravou para as mais importantes rádios e TVs europeias e tem CDs com obras de Camargo Guarnieri e Villa-Lobos.
Site: www.youtube.com/watch?v=S3buyeMWaUo
Dimos Goudaroulis e o trânsito por estilos musicais
Membro da Camerata Aberta da Tom Jobim EMESP, o violoncelista Dimos Goudaroulis pertence a uma geração de instrumentistas que transita por estilos musicais diferentes. Colabora com importantes músicos e grupos de música erudita e popular ao redor do mundo.
Nascido na Grécia, estudou em Thessalônica e depois em Paris, com Philippe Muller e Reine Flachot. Começou a tocar jazz e música improvisada, explorando novas possibilidades e criando uma linguagem original para o violoncelo. Mudou-se em 1996 para o Brasil e desde então dedica-se à interpretação historicamente orientada da música antiga, pesquisando e divulgando o repertório do período barroco. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes (2003) e o Prêmio Bravo Prime de Cultura (2008) pela gravação das três primeiras suítes para violoncelo solo de J.S. Bach.
Site: www.youtube.com/watch?v=kPY2guLHIpw
O cravo peregrino de Nicolau de Figueiredo
O cravista saiu do Brasil em 1980 para morar na Suíça, onde permaneceu por 24 anos. Hoje, mora em Paris e conta que optou por não ter vínculos com instituições de ensino para poder tocar em outras partes do mundo. Também organista e regente, dedica-se ao repertório dos séculos XVII e XVIII. Em 2006 recebeu o prêmio Choc pela gravação das 13 sonatas de Domenico Scarlatti. Orientado por Christiane Jaccottet ao cravo e por Lionel Rogg ao órgão, obteve, em 1984, o 1º Prêmio de Virtuosidade de Cravo do Conservatório de Genebra. Venceu os concursos internacionais de Nantes (1984) e de Roma (1985).
Foi diretor musical de ópera da Schola Cantorum Basiliensis (Suíça), e ensinou interpretação do repertório barroco no Conservatório de Paris. Atua como solista junto à Freiburger Barockorkester, Europa Galante, Osesp e OSB entre outros grupos. Participa dos mais famosos festivais europeus como La Roque d’Anthéron, Les Folles Journées, Festival d’Aix-en-Provence e Festival d’Ambronay.
Eduardo Leandro e a percussão contemporânea
Professor, diretor artístico e regente do grupo de música contemporânea da Universidade de Stony Brook, em Nova Iorque, foi diretor de estudos de percussão da Universidade de Massachusetts. Toca com a New York Chamber Symphony, American Symphony Orchestra, Orpheus Chamber Orchestra e Sequitur Ensemble e já tocou com a Orquestra da Concertgebouw, e com o Grupo Contrechamps. Como parte do Duo Contexto se apresentou no Japão, Estados Unidos e países da Europa e América Latina.
Atuou em festivais de música como os de Darmstadt, Salzburg, Bruxelas, Genebra e Paris e ao lado de Pierre Boulez, Heins Holliger e Steve Reich. Estudou na Unesp, no Conservatório de Roterdã e na Universidade de Yale. Teve aulas como John Boudler, Jan Pustjens e Robert van Sice.
Site: www.eduardoleandro.com
A música antiga de Luís Otávio
Formado no Conservatório Real de Haia, referência mundial em música antiga, é spalla e solista da orquestra barroca La Petite Bande e lidera grupos europeus como Ricercar Consort. Na sua discografia destacam-se a gravação integral das sonatas de J. S. Bach, pelo selo holandês Brilliant, As Quatro Estações, de Vivaldi, pelo selo belga Accent, e sonatas para violino de J. M. Leclair, para o selo alemão Ramée, que recebeu o prêmio Diapason d´Or na França. Foi professor de violino barroco na Escola de Música de Fiesole, Itália, e no Conservatório Real de Música de Bruxelas. É diretor artístico do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, coordenador do Núcleo de Música Antiga da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo e professor convidado no Conservatório de Música de Leipzig.
Alessandro Santoro e o resgate do cravo
Obteve mestrado em piano no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, e em cravo no Koninklijk Conservatorium, em Haia, onde atuou como professor convidado de baixo contínuo e música de câmara. Apresenta-se como membro de conjuntos como a Orchestra of the 18th Century, Den Haag Baroque Orchestra e Os Músicos de Capella.
Foi premiado com o Diapason D’ Or (2005), com gravações das Sonatas para Violino de Leclair, com Luis Otavio Santos e Ricardo Rodriguez Miranda. É regularmente convidado como professor de cravo no Festival Internacional de Música Antiga de Juiz de Fora assim como no Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília. Atualmente é professor do Núcleo de Musica Antiga da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo. Considerado atualmente o melhor cravista brasileiro, Alessandro segue a tradição de excelência aberta pelo pai, o maestro Claudio Santoro, que dá nome ao principal auditório do Festival.
Site: www.claudiosantoro.art.br/Santoro/alessandro_santoro.html
Paulo Álvares, um brasileiro em Colônia
Professor de piano, música de câmara contemporânea e improvisação experimental na Escola Superior de Música de Colônia, coordena o Ensemble fuer Aleatorische Musik. Também é professor na Escola de Artes Aplicadas do IPCB de Castelo Branco, Portugal. Formado pela USP, estudou com Caio Pagano e Steven de Groote, recebendo mestrado pela Texas Christian University. Frequentou, com bolsa do Serviço de Intercâmibo Alemão (DAAD), a Escola Superior de Música de Colônia, onde estudou com Aloys Kontarsky e Hans Ulrich Humpert. Recebeu o Prêmio Kranichstein de Música nº 33. Darmstadt New Music Courses e o 1º prêmio no concurso Musikkreativ em Saarbruecken.
Apresentou-se com a WDR Sinfonieorchester, a Gürzenich Sinfonieorchester, Bochumer Synfoniker, Saarbrücken Radiosinfonieorchester e colabora com diversos ensembles de música nova. Em 2003 gravou a obra completa para piano de Mauricio Kagel.
Les Musiciens de Saint-Julien resgatam as tradições medievais
François Lazarevitch é um especialista em flauta e gaita de fole medievais dedicado à revitalização da tradição oral do período. Para ecoar a musicalidade simples que antecede o Barroco, fundou o Les Musiciens de Saint-Julien, um grupo com formação variada, batizado em homenagem a Confraria Saint Julien de Menestréis, associação musical criada em Paris em 1321. O grupo acaba de lançar o CD La Veillée Imaginaire, considerado surpreendente em crítica publicada recentemente no Le Monde.
Site: www.lesmusiciensdesaintjulien.fr
www.youtube.com/watch?v=sUHFz6-4Bsc
La Gaia Scienza traz a atual cena musical italiana
Fundado em 1981, o trio liderado pelo violoncelista Paolo Beschi, ex-integrante do consagrado Il Giardino Armonico, transita com bastante originalidade entre a música barroca e contemporânea. Com Federica Valli, no pianoforte, e Marco Brolli, na flauta transversal, é considerado um dos mais interessantes grupos da cena musical italiana.
Ao lado de artistas como Cathy Berberian, Gustav Leonhardt, Anner Bylsma e Christophe Coin, realiza estudos de instrumentos originais e do repertório da música antiga. O conjunto se apresenta em importantes festivais por toda a Europa e já gravou vários CD como os trios de Schubert, Opus 99. Em 2000 foi lançado o CD Love Fugue, feito em colaboração com o pianista de jazz Uri Caine e, em 2005, lançou Für meine liebe Clara, com composições de Robert Schumann, ambos elogiados pela crítica europeia.
Site: www.youtube.com/watch?v=qsyNiE5BbKg
Zbigniew Raubo: Chopin e a excelência da escola polonesa
Iniciou seus estudos aos 5 anos, dando sequência à sua formação com Andrzejewski Waldemar, em Kalisz. Formou-se na Academia de Música de Katowice, Polônia, na sala de Andrzej Jasinski com honras. Apresentou-se como solista em várias orquestras na Polônia, Alemanha, Itália, Marrocos, Eslováquia, Rússia, República Checa e Áustria. Recebeu prêmios em concursos internacionais como o Franz Liszt, Polônia (1991) e Ferruccio Busoni, Itália (1991). Gravou para a Deutsche Grammophon e RCA álbuns solos com obras de Fryderyk Chopin.
Festival na Internet
Site oficial do Festival
www.festivalcamposdojordao.org.br
Santa Marcelina Cultura
www.santamarcelinacultura.org.br
Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo
www.emesp.org.br
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