15 anos depois de despontar para o mundo, Taylor Hanson, 28, fala sobre problemas da fama e a expectativa da vinda para o Brasil
Foto: Divulgação
Zac, Taylor e Isaak; Hanson vem ao Brasil em novembro como parte da turnê do disco "Shout it Out"
Em 1997 era difícil ligar o rádio ou sintonizar a MTV sem se deparar com a voz de três adolescentes lorinhos cantando o refrão pouco reproduzível de “MmmBop”. De lá para cá, os garotos de Oklahoma, nos Estados Unidos, cresceram, tiveram um total de oito filhos e vivenciaram tanto o sucesso quanto o anonimato. “Tivemos muito drama de gravadora”, diz o vocalista Taylor Hanson em entrevista ao iG Jovem sobre o período mais difícil da banda, no início dos anos 2000. Os fãs brasileiros de Zac, Taylor e Isaac poderão matar a saudade em novembro, quando o Hanson desembarca em Porto Alegre e São Paulo para duas apresentações, nos dias 4 e 6.
Depois de alguns anos tocando em pequenos festivais municipais e celebrações religiosas, o trio foi descoberto em 1996. Após dois CDs independentes, o sucesso veio com “Middle Of Nowhere”, lançado pela gravadora Mercury.
Se, hoje, os fenômenos teen são Justin Bieber, Miley Cyrus e Jonas Brothers, na época, todos só queriam saber de Hanson. Assim como estes artistas tentam capitalizar ao máximo com DVDs e outros subprodutos, o Hanson também aproveitou a sólida base de fãs para lançar documentários, álbuns ao vivo e até uma revista, “MOE”, que, no entanto, não sobreviveu à décima segunda edição.
Taylor, porém, não gosta muito de comparações: “eles são quem são e nós somos quem somos”, diz sobre o Jonas Brothers, outro trio formado por irmãos que faz sucesso atualmente.
Apesar disso, problemas com fusões de gravadoras, em 2000, fizeram com que o grupo caísse no ostracismo da mesma maneira meteórica que chegou ao topo. Desde então, a Hanson criou o próprio selo - pelo qual gravaram três CDs - e segue contando com o vasto contingente de fãs.
Com a vinda do grupo ao Brasil em novembro, Taylor garante não ver a hora de desembarcar por aqui. “Só tenho lembranças ótimas do país”. Confira abaixo a entrevista na íntegra:
iG: Vocês começaram bastante jovens, agora, quando você vê pessoas como Justin Bieber e Selena Gomez no auge, você se sente velho?
Taylor Hanson: (risos) Isso faz eu me sentir um pouco velho, sim, quando percebo que faço música por quase 20 anos, o que é uma loucura. Mas, simplesmente, ver artistas mais jovens fazendo sucesso não faz eu me sentir velho. Isso me lembra como o início é difícil, como é complicado fazer sucesso, o que me lembra de quando começamos. Éramos apaixonados por música da mesma maneira que somos hoje. Eu só desejo o melhor para as pessoas, sucesso. É um trabalho duro.
Taylor Hanson: (risos) Isso faz eu me sentir um pouco velho, sim, quando percebo que faço música por quase 20 anos, o que é uma loucura. Mas, simplesmente, ver artistas mais jovens fazendo sucesso não faz eu me sentir velho. Isso me lembra como o início é difícil, como é complicado fazer sucesso, o que me lembra de quando começamos. Éramos apaixonados por música da mesma maneira que somos hoje. Eu só desejo o melhor para as pessoas, sucesso. É um trabalho duro.
iG: Você acha que os Jonas Brothers são o novo Hanson?
Taylor Hanson: (risos) Acho que os Jonas Brothers são os Jonas Brothers. Acho que há mais diferenças (entre as duas bandas) do que semelhanças. Não entendo por que as pessoas comparariam. Eles são quem eles são e nós somos quem somos.
Taylor Hanson: (risos) Acho que os Jonas Brothers são os Jonas Brothers. Acho que há mais diferenças (entre as duas bandas) do que semelhanças. Não entendo por que as pessoas comparariam. Eles são quem eles são e nós somos quem somos.
iG: Com tanto tempo juntos na estrada, vocês nunca sentem vontade de matar o outro?
Taylor Hanson: (risos) Sim, claro. A gente incomoda um ao outro, mas estamos na banda e trabalhamos juntos há anos. Em algum ponto as coisas deixam de ser uma colaboração musical e se tornam uma amizade. É um relacionamento que construímos por anos, temos respeito mútuo. Se temos momentos em que estamos bravos com o outro, nós dizemos e lidamos com isso.
Taylor Hanson: (risos) Sim, claro. A gente incomoda um ao outro, mas estamos na banda e trabalhamos juntos há anos. Em algum ponto as coisas deixam de ser uma colaboração musical e se tornam uma amizade. É um relacionamento que construímos por anos, temos respeito mútuo. Se temos momentos em que estamos bravos com o outro, nós dizemos e lidamos com isso.
Foto: Getty Images Ampliar
Hanson em 1997; "tem muita gente interessada em tirar vantagem do seu sucesso", diz Taylor
iG: Vocês ainda têm que cantar “MmmBop” em todos os shows?
Taylor Hanson: Nós cantamos “MmmBop” na maioria dos shows, mas temos orgulho dela. É uma música que fizemos e que muitas pessoas conhecem. Para os fãs de verdade, esta é uma de muitas músicas nos shows. Não é um fardo, é uma música da qual temos orgulho.
Taylor Hanson: Nós cantamos “MmmBop” na maioria dos shows, mas temos orgulho dela. É uma música que fizemos e que muitas pessoas conhecem. Para os fãs de verdade, esta é uma de muitas músicas nos shows. Não é um fardo, é uma música da qual temos orgulho.
iG: Como foi lidar com a fama tão jovem?
Taylor Hanson: Foi desafiador. Acho que o principal que você tem que saber quando começa a fazer sucesso é o que te levou a fazer música em primeiro lugar e quem você é. Tem que conseguir empurrar para longe as outras coisas. Tem muita gente interessada em tirar vantagem do seu sucesso. Outro problema é lidar com os autos e baixos, em um momento você é o favorito, o que todos amam, e no outro você tem que trabalhar e seguir sendo profissional.
Taylor Hanson: Foi desafiador. Acho que o principal que você tem que saber quando começa a fazer sucesso é o que te levou a fazer música em primeiro lugar e quem você é. Tem que conseguir empurrar para longe as outras coisas. Tem muita gente interessada em tirar vantagem do seu sucesso. Outro problema é lidar com os autos e baixos, em um momento você é o favorito, o que todos amam, e no outro você tem que trabalhar e seguir sendo profissional.
iG: Qual você diria que é o lado mais difícil da fama?
Taylor Hanson: Acho que é diferente para diferentes pessoas. Para mim é lidar com a percepção de que, de alguma forma, você é diferente das outras pessoas e ser capaz de ter relacionamentos normais com as pessoas que você ama. Acho que quando você atinge certo sucesso em qualquer coisa, as pessoas pensam que você teve tudo fácil ou obteve tratamento diferenciado para conseguir.
Taylor Hanson: Acho que é diferente para diferentes pessoas. Para mim é lidar com a percepção de que, de alguma forma, você é diferente das outras pessoas e ser capaz de ter relacionamentos normais com as pessoas que você ama. Acho que quando você atinge certo sucesso em qualquer coisa, as pessoas pensam que você teve tudo fácil ou obteve tratamento diferenciado para conseguir.
iG: Depois de terem gravado “This Time Around”, em 2000, vocês passaram por momentos difíceis. O que aconteceu?
Taylor Hanson: Tivemos muito drama de gravadora. Nossa gravadora se juntou com outra, e depois com várias outras grandes gravadoras. Vimos-nos trabalhando com uma empresa que não era a mesma de quando começamos. O que passamos não foi incomum, é algo que aconteceu com muitos artistas. Muitas empresas estão mais interessadas em respostas imediatas, resultados rápidos, não, necessariamente sabendo o que precisam dos artistas. Trabalhar com essas gravadoras ficou pouco funcional, por alguns anos, então decidimos criar nosso próprio selo e eu fico feliz que fizemos isso.
Taylor Hanson: Tivemos muito drama de gravadora. Nossa gravadora se juntou com outra, e depois com várias outras grandes gravadoras. Vimos-nos trabalhando com uma empresa que não era a mesma de quando começamos. O que passamos não foi incomum, é algo que aconteceu com muitos artistas. Muitas empresas estão mais interessadas em respostas imediatas, resultados rápidos, não, necessariamente sabendo o que precisam dos artistas. Trabalhar com essas gravadoras ficou pouco funcional, por alguns anos, então decidimos criar nosso próprio selo e eu fico feliz que fizemos isso.
iG: Você acha que algum de seus filhos se tornará músico?
Taylor Hanson: Não seria surpreendente. Teria que ser algo que eles realmente quisessem fazer, claro, não pode forçar alguém a ser músico, ele tem fazer as coisas com paixão. Eu vejo que minhas crianças gostam bastante de música. É uma possibilidade, temos que esperar para ver.
Taylor Hanson: Não seria surpreendente. Teria que ser algo que eles realmente quisessem fazer, claro, não pode forçar alguém a ser músico, ele tem fazer as coisas com paixão. Eu vejo que minhas crianças gostam bastante de música. É uma possibilidade, temos que esperar para ver.
iG: O que é a música para você?
Taylor Hanson: É uma forma de se comunicar com as pessoas. Música é uma forma de arte incrível, que permite convergir ideias e histórias. É algo pelo qual sempre fui apaixonado. É incomparável com qualquer outra coisa, é um meio maravilhoso que afeta as pessoas.
Taylor Hanson: É uma forma de se comunicar com as pessoas. Música é uma forma de arte incrível, que permite convergir ideias e histórias. É algo pelo qual sempre fui apaixonado. É incomparável com qualquer outra coisa, é um meio maravilhoso que afeta as pessoas.
iG: Como funciona seu processo de criação?
Taylor Hanson: Funciona de diferentes formas. Para mim, às vezes começa com palavras, outras com música. Para mim o principal na hora de fazer música é manter os ouvidos abertos, você nunca sabe quando a inspiração lhe atingirá, quando algo dará uma ideia. Tem que estar pronto para reagir a isso. Nós três costumamos trabalhar as letras e músicas juntos.
Taylor Hanson: Funciona de diferentes formas. Para mim, às vezes começa com palavras, outras com música. Para mim o principal na hora de fazer música é manter os ouvidos abertos, você nunca sabe quando a inspiração lhe atingirá, quando algo dará uma ideia. Tem que estar pronto para reagir a isso. Nós três costumamos trabalhar as letras e músicas juntos.
iG: Qual você diria que é o seu maior sonho hoje?
Taylor Hanson: De uma forma muito ampla, acho que meu maior sonho é criar coisas que inspirem as pessoas. Acho que o poder da música é que afetas as pessoas, faz com que sintamos algo,o que se reflete na vida. Meu sonho é ter uma plataforma para atingir o máximo de pessoas possíveis com arte.
Taylor Hanson: De uma forma muito ampla, acho que meu maior sonho é criar coisas que inspirem as pessoas. Acho que o poder da música é que afetas as pessoas, faz com que sintamos algo,o que se reflete na vida. Meu sonho é ter uma plataforma para atingir o máximo de pessoas possíveis com arte.
iG: Você já esteve no Brasil antes, quais as melhores lembranças que guarda do país?
Taylor Hanson: Muitas memórias! Fizemos muitas coisas no Brasil. Andamos de helicóptero sobre São Paulo (risos), eu aprendi um pouco de samba... Eu passei um aniversário no Brasil, acho que fiz 23 anos. Foi um ótimo aniversário, estávamos no Rio e passamos o dia andando pela cidade, conhecendo os pontos turísticos, me lembro uma estátua enorme de Jesus. A comida era maravilhosa... Só tenho lembranças ótimas do país. Claro, tenho que mencionar também os fãs. Fizemos shows maravilhosos, o público era sempre muito animado. Foi uma ótima experiência.
Taylor Hanson: Muitas memórias! Fizemos muitas coisas no Brasil. Andamos de helicóptero sobre São Paulo (risos), eu aprendi um pouco de samba... Eu passei um aniversário no Brasil, acho que fiz 23 anos. Foi um ótimo aniversário, estávamos no Rio e passamos o dia andando pela cidade, conhecendo os pontos turísticos, me lembro uma estátua enorme de Jesus. A comida era maravilhosa... Só tenho lembranças ótimas do país. Claro, tenho que mencionar também os fãs. Fizemos shows maravilhosos, o público era sempre muito animado. Foi uma ótima experiência.



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