Orquestra baiana de câmara relê canções da lendária banda inglesa The
Beatles
29/07/2008
Ivan Marques
A paixão pelos quatro rapazes de Liverpool que revolucionaram a música
no mundo continua viva. E, de uma forma ou de outra, os artistas
atuais tentam mostrar que as canções dos Beatles podem se adaptar a
qualquer estilo. Liderados pelo vocalista Alex Pochat, 12
instrumentistas baianos resolveram montar a Orquestra Beatles de
Câmara, que une música erudita com o pop rock do grupo inglês.
Depois de se apresentar timidamente em alguns eventos, a banda faz um
show completo depois de amanhã, às 19h30, no pátio do Goethe Institut
(Icba), no Corredor da Vitória. No repertório, cerca de 20 canções
(ver boxe), entre clássicos como Let it be, Yesterday, Hey Jude e
Revolution, e outras não tão conhecidas para quem não é beatlemaníaco,
como Mother nature´s son ou With a little help from my friends.
Todas elas tocadas em uma mistura de formação de banda de rock com
orquestra. Voz, violão, guitarra, piano e bateria se unem a um
quarteto de cordas com violinos e violoncelo e um quarteto de madeira
(oboé, flauta, clarinete e fagote) para reler as canções dos Beatles
de forma mais fiel ou encaixando arranjos um pouco mais contemporâneos.
Quem explica essa diferente reunião é o músico Alex Pochat, 34 anos,
que tem um histórico no rock `n' roll baiano e formação na Escola de
Música da Ufba. "Já é um pouco diferente por ter uma pessoa cantando.
E a gente ainda faz umas inserções de música clássica. Por exemplo em
Come together, que tem uma colagem de Bolero de Ravel no meio", adianta.
Mas e os fãs não acham que as canções são um tanto "agredidas"? Pochat
afirma que a maioria dos beatlemaníacos tem reagido bem. "A gente
começou lá no Beatles Social Clube, no Rio Vermelho, onde os mais
ferrenhos se encontram. E tinha gente chorando quando tocamos pela
primeira vez", conta. Ele acredita que isso acontece pelo fato da
banda não mudar a estrutura das músicas. "Elas continuam com a mesma
letra, refrões encaixados e duração. Se o cara acompanhar, vai ver que
a gente as respeitou. As pessoas reconhecem isso".
Acompanhando Pochat na Orquestra Beatles de Câmara estão integrantes
identificados com o rock, como o guitarrista Ricardo `Flash'
(ex-Cascadura e atual Demoiselle), e outros com a música erudita, como
o violinista Mário Soares, pertencente ao corpo de apoio da Orquestra
Sinfônica da Bahia. "A gente fica naquele misto entre banda e
orquestra, mais ou menos como o Aerosmith e o Metallica fizeram, mas
numa escala menor", declara em referência aos projetos dos grupos
americanos com a Boston Pops Orchestra e com a Sinfônica de San
Francisco, respectivamente.
"Não dá para dizer que é fácil ou difícil adaptar as músicas. Essa
coisa de repaginar é bem relativa, tem vários vetores.
Indiscutivelmente, os Beatles são ricos em harmonia, mas isso depende
inclusive do ponto da carreira deles", crê Pochat, que pretende em
breve repetir o projeto com músicas de Luiz Gonzaga. De acordo com
ele, as opções eram escolher canções mais simples, do início da
trajetória do quarteto, e fazer algo mais complicado, ou pegar
trabalhos dos últimos discos, mais complexos, e fazer uma
transformação simples. "Decidimos fazer as duas coisas. É algo para
quem é beatlemaníaco e para quem gosta de música erudita. Até agora,
as pessoas gostaram muito e isso deu um ânimo para a gente", afirma.
***
Para todos os gostos
Fazer versão da obra de John, Paul, George e Ringo não é novidade no
mundo. Álbuns e canções dos quatro rapazes de Liverpool já ganharam
repaginações em diversos estilos como clássico, heavy metal, blues,
bossa nova, chorinho e, acredite, salsa, tocados por gente famosa ou
pouco conhecida.
Em relação à música clássica, os Beatles ganharam tributo da Sinfônica
de Londres, das filarmônicas de Orlando (EUA) e Tel-Aviv (Israel) e
até da Filarmônica Real inglesa, a mais importante do país natal do
grupo. No Brasil, a Filarmônica do Ceará, a de Câmara da Ulbra
(Canoas-RS), a Sinfônica de Limeira (SP), entre outras, também já
adaptaram algumas músicas. Na internet existem registros, inclusive,
de uma Orquestra Filarmônica dos Beatles e de uma Orquestra Sinfônica
dos Beatles, com discos lançados internacionalmente.
***
Repertório
Strawberry Fields forever
Here comes the sun
Hey Jude
Mother nature´s son
Revolution
Can´t buy me love
Get back
Yesterday
Let it be
With a little help from my friends
I wanna hold Your hand
Help!
Come together
Lucy in the sky with diamonds
Fool on the hill
All you need is love
We can work it out
Michelle
The long and winding road
Yellow submarine
***
FICHA
Artista: Orquestra Beatles de Câmara
Onde: Pátio do Goethe Institut (Icba)
Quando: Depois de amanhã, às 19h30
Ingresso: R$10
http://www.correiod abahia.com. br/folhadabahia/ noticia.asp? codigo=157976
Beatles
29/07/2008
Ivan Marques
A paixão pelos quatro rapazes de Liverpool que revolucionaram a música
no mundo continua viva. E, de uma forma ou de outra, os artistas
atuais tentam mostrar que as canções dos Beatles podem se adaptar a
qualquer estilo. Liderados pelo vocalista Alex Pochat, 12
instrumentistas baianos resolveram montar a Orquestra Beatles de
Câmara, que une música erudita com o pop rock do grupo inglês.
Depois de se apresentar timidamente em alguns eventos, a banda faz um
show completo depois de amanhã, às 19h30, no pátio do Goethe Institut
(Icba), no Corredor da Vitória. No repertório, cerca de 20 canções
(ver boxe), entre clássicos como Let it be, Yesterday, Hey Jude e
Revolution, e outras não tão conhecidas para quem não é beatlemaníaco,
como Mother nature´s son ou With a little help from my friends.
Todas elas tocadas em uma mistura de formação de banda de rock com
orquestra. Voz, violão, guitarra, piano e bateria se unem a um
quarteto de cordas com violinos e violoncelo e um quarteto de madeira
(oboé, flauta, clarinete e fagote) para reler as canções dos Beatles
de forma mais fiel ou encaixando arranjos um pouco mais contemporâneos.
Quem explica essa diferente reunião é o músico Alex Pochat, 34 anos,
que tem um histórico no rock `n' roll baiano e formação na Escola de
Música da Ufba. "Já é um pouco diferente por ter uma pessoa cantando.
E a gente ainda faz umas inserções de música clássica. Por exemplo em
Come together, que tem uma colagem de Bolero de Ravel no meio", adianta.
Mas e os fãs não acham que as canções são um tanto "agredidas"? Pochat
afirma que a maioria dos beatlemaníacos tem reagido bem. "A gente
começou lá no Beatles Social Clube, no Rio Vermelho, onde os mais
ferrenhos se encontram. E tinha gente chorando quando tocamos pela
primeira vez", conta. Ele acredita que isso acontece pelo fato da
banda não mudar a estrutura das músicas. "Elas continuam com a mesma
letra, refrões encaixados e duração. Se o cara acompanhar, vai ver que
a gente as respeitou. As pessoas reconhecem isso".
Acompanhando Pochat na Orquestra Beatles de Câmara estão integrantes
identificados com o rock, como o guitarrista Ricardo `Flash'
(ex-Cascadura e atual Demoiselle), e outros com a música erudita, como
o violinista Mário Soares, pertencente ao corpo de apoio da Orquestra
Sinfônica da Bahia. "A gente fica naquele misto entre banda e
orquestra, mais ou menos como o Aerosmith e o Metallica fizeram, mas
numa escala menor", declara em referência aos projetos dos grupos
americanos com a Boston Pops Orchestra e com a Sinfônica de San
Francisco, respectivamente.
"Não dá para dizer que é fácil ou difícil adaptar as músicas. Essa
coisa de repaginar é bem relativa, tem vários vetores.
Indiscutivelmente, os Beatles são ricos em harmonia, mas isso depende
inclusive do ponto da carreira deles", crê Pochat, que pretende em
breve repetir o projeto com músicas de Luiz Gonzaga. De acordo com
ele, as opções eram escolher canções mais simples, do início da
trajetória do quarteto, e fazer algo mais complicado, ou pegar
trabalhos dos últimos discos, mais complexos, e fazer uma
transformação simples. "Decidimos fazer as duas coisas. É algo para
quem é beatlemaníaco e para quem gosta de música erudita. Até agora,
as pessoas gostaram muito e isso deu um ânimo para a gente", afirma.
***
Para todos os gostos
Fazer versão da obra de John, Paul, George e Ringo não é novidade no
mundo. Álbuns e canções dos quatro rapazes de Liverpool já ganharam
repaginações em diversos estilos como clássico, heavy metal, blues,
bossa nova, chorinho e, acredite, salsa, tocados por gente famosa ou
pouco conhecida.
Em relação à música clássica, os Beatles ganharam tributo da Sinfônica
de Londres, das filarmônicas de Orlando (EUA) e Tel-Aviv (Israel) e
até da Filarmônica Real inglesa, a mais importante do país natal do
grupo. No Brasil, a Filarmônica do Ceará, a de Câmara da Ulbra
(Canoas-RS), a Sinfônica de Limeira (SP), entre outras, também já
adaptaram algumas músicas. Na internet existem registros, inclusive,
de uma Orquestra Filarmônica dos Beatles e de uma Orquestra Sinfônica
dos Beatles, com discos lançados internacionalmente.
***
Repertório
Strawberry Fields forever
Here comes the sun
Hey Jude
Mother nature´s son
Revolution
Can´t buy me love
Get back
Yesterday
Let it be
With a little help from my friends
I wanna hold Your hand
Help!
Come together
Lucy in the sky with diamonds
Fool on the hill
All you need is love
We can work it out
Michelle
The long and winding road
Yellow submarine
***
FICHA
Artista: Orquestra Beatles de Câmara
Onde: Pátio do Goethe Institut (Icba)
Quando: Depois de amanhã, às 19h30
Ingresso: R$10
http://www.correiod abahia.com. br/folhadabahia/ noticia.asp? codigo=157976
Nenhum comentário:
Postar um comentário