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terça-feira, 17 de março de 2009

CONTRA O FIM DA COMU DISCOGRAFIAS....EU CONCORDO!!

(~().From: Alexandre Amorim Existe argumento que justifique a desobediência civil. Pirataria é crime que visa lucro, troca gratuita de músicas é ilegal, mas não visa lucro e por isso é desobediência civil. E a justificativa dessa desobediência é justamente o preço alto e a qualidade ruim que a indústria fonográfica impõe ao público. As pessoas não são obrigadas a comprar um CD por preço nenhum. Ninguém é obrigado a comprar, e isso não é lei de mercado, mas a lei constitucional. Lei de mercado não é algo escrito e aprovado pelo congresso, mas uma lei que rege a economia. E essa lei prevê compradores para um produto, mas também prevê que esse produto chegue a um preço razoável, ou seu produtr pode acabar em crise, como a que a indústria fonográfica está.Roubar direito autoral é lucrar em cima desse direito, e eu também sou contra isso. Mas distribuir música gratuitamente foi a maneira que o público achou para subverter a imposição de preços da indústria fonográfica. E só não está funcionando porque ainda há margem de lucro para essa indústria, hoje em dia.Crime é um conceito social. Em Roma e na Grécia antigas, a pedofilia era aceitável, os pupilos eram sexualmente iniciados por seus mestres e escravos infantis eram usados por seus donos. No Brasil, meados do século XX, crianças menores de 14 anos eram casadas com homens adultos por interesse social/financeiro e isso era aceito pela sociedade.. Está claro para todos os cidadãos hoje que a pedofilia deve ser vista como crime, assim como escravidão, estupro e assassinato. No entanto, não acredito que a distribuição gratuita de músicas digitalizadas possa sequer ser comparada com crimes daquela natureza. "Crime é crime" é uma declaração intransigente, não suportada por nenhum sistema legal, a não ser sistemas de exceção, autoritários e ditadores.Assim como não há como comparar traficantes com pessoas que distribuem músicas digitalizadas gratuitamente. E eu, que vivi 42 anos de minha vida na cidade do Rio, não sei de nenhum carioca que encare o tra´fico como algo normal.Para ficar bem claro: sou absolutamente contra a pirataria que lucra com o comércio de direitos autorais alheios. Mas sou absolutamente a favor da distribuição gratuita de músicas enquanto a indústria fonográfica não colocar seus preço em um patamar razoável.Abraços,Amorim

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