De acordo com a musicologia, o que constitui uma tradição "erudita", como em oposição ao sistema "popular", é que na tradição erudita a música é escrita e tocada de acordo com esse registro sucessivamente, com um mínimo ou nenhuma liberdade, geração após geração.
Muitos musicólogos argumentam que os ragas indianos, que normalmente dizem ser "música clássica indiana", na verdade não são eruditas porque não são escritas e uma improvisação é necessária, espontaneamente. A música clássica chinesa, por outro lado, é grafada e os músicos escrevem exatamente como os anciões desejariam que eles tocassem.
Ragas indianos não são amplamente apreciados entre os entusiastas da música clássica ocidental (Yehudi Menuhin é uma das poucas excessões) mas tem um público fiel e admirador entre os amantes de jazz[...]
A música clássica chinesa, mesmo na própria China, é apreciada apenas por uns poucos. É cheia de sutilezas e tem passagens no repertório guqin em que as pausas devem ser interpretadas, tocando o instrumento de forma que ele não produza som! A rigidez é incrível, assim como na música clássica européia quanto a recriar historicamente Bach. Nem sempre é o compositor que cria uma música erudita: às vezes a cultura do local transforma sua obra em "erudita" e portanto, imexível, para ser ensinada de geração em geração como um objeto de museu a ser apreciado através de um vidro, sem ninguém meter a mão e alterar sua essência ou aparência.
A música popular do mundo ocidental também é escrita detalhadamente, mas se espera que os músicos tenham total liberdade de arranjar, improvisar e interpretar, sem aquela auréola sagrada em torno da música. Na música clássica do ocidente, temos um costume de popularizá-la através da transcrição (especialmente adaptando para instrumentos e tonalidades que o compositor não pediu). Alguns arranjos e transcrições e adaptações de músicas eruditas se tornam mais famosas que a peça original! Por exemplo, poucos conhecem o prelúdio em dó maior numero um do cravo bem temperado, mas todos conhecem a ave maria de Gounod, criada a partir desse prelúdio. Não, peças eruditas transcritas e adaptadas não são eruditas, e sim imitações do erudito, pois fogem da originalidade e da sacracidade das peças eruditas, que são registradas com intenção de serem imortalizadas da forma que são registradas. Bach no sintetizador não é erudito no sentido estrito do termo. Podem chamar como quiserem: experimental, vanguardista, etc.
A produção vocal erudita é totalmente diferente da popular, e, embora muitos vão discordar, eu acho que as duas não se misturam bem. Segue uma transcrição do PANIS ANGELICUS do compositor Cesar Franck, cantado pelo Luciano Pavarotti e Sting. Como toda transcrição, é popular, embora "disfarçada" de erudita...
http://www.youtube. com/watch? v=JJPhnzxd1fs
Não funciona! É o tipo de coisa que só existe devido à amplificação e diversos recursos. Sem os microfones, vc não ouviria Sting porque a voz dele não vai além do palco. Eu gosto muito desses dois artistas, mas eles simplesmente não combinam.[.. .]
A indústria da música nos força a sermos categorizados e rotulados(Rock, Country, Classical, Jazz, R&B, etc. etc.) pra poderem controlar melhor o mercado, pesquisas, etc.(o que não é difícil porque 70% da música é comprada por jovens de 25 anos ou menos aqui no ocidente). Quando você leva isso realmente em conta, sem fantasiar, volta o ditado "Só existem dois tipos de música: boa música e a música que não é boa", só que, realisticamente falando, a música boa é a que agrada o público/mercado/ você e a ruim é a que não o faz. Simples assim. Na prática. No mundo real. Não tem "erudito" nisso - tem dinheiro e milhões de humanos massificados seguindo com suas vidas musicalmente.
Muitos musicólogos argumentam que os ragas indianos, que normalmente dizem ser "música clássica indiana", na verdade não são eruditas porque não são escritas e uma improvisação é necessária, espontaneamente. A música clássica chinesa, por outro lado, é grafada e os músicos escrevem exatamente como os anciões desejariam que eles tocassem.
Ragas indianos não são amplamente apreciados entre os entusiastas da música clássica ocidental (Yehudi Menuhin é uma das poucas excessões) mas tem um público fiel e admirador entre os amantes de jazz[...]
A música clássica chinesa, mesmo na própria China, é apreciada apenas por uns poucos. É cheia de sutilezas e tem passagens no repertório guqin em que as pausas devem ser interpretadas, tocando o instrumento de forma que ele não produza som! A rigidez é incrível, assim como na música clássica européia quanto a recriar historicamente Bach. Nem sempre é o compositor que cria uma música erudita: às vezes a cultura do local transforma sua obra em "erudita" e portanto, imexível, para ser ensinada de geração em geração como um objeto de museu a ser apreciado através de um vidro, sem ninguém meter a mão e alterar sua essência ou aparência.
A música popular do mundo ocidental também é escrita detalhadamente, mas se espera que os músicos tenham total liberdade de arranjar, improvisar e interpretar, sem aquela auréola sagrada em torno da música. Na música clássica do ocidente, temos um costume de popularizá-la através da transcrição (especialmente adaptando para instrumentos e tonalidades que o compositor não pediu). Alguns arranjos e transcrições e adaptações de músicas eruditas se tornam mais famosas que a peça original! Por exemplo, poucos conhecem o prelúdio em dó maior numero um do cravo bem temperado, mas todos conhecem a ave maria de Gounod, criada a partir desse prelúdio. Não, peças eruditas transcritas e adaptadas não são eruditas, e sim imitações do erudito, pois fogem da originalidade e da sacracidade das peças eruditas, que são registradas com intenção de serem imortalizadas da forma que são registradas. Bach no sintetizador não é erudito no sentido estrito do termo. Podem chamar como quiserem: experimental, vanguardista, etc.
A produção vocal erudita é totalmente diferente da popular, e, embora muitos vão discordar, eu acho que as duas não se misturam bem. Segue uma transcrição do PANIS ANGELICUS do compositor Cesar Franck, cantado pelo Luciano Pavarotti e Sting. Como toda transcrição, é popular, embora "disfarçada" de erudita...
http://www.youtube. com/watch? v=JJPhnzxd1fs
Não funciona! É o tipo de coisa que só existe devido à amplificação e diversos recursos. Sem os microfones, vc não ouviria Sting porque a voz dele não vai além do palco. Eu gosto muito desses dois artistas, mas eles simplesmente não combinam.[.. .]
A indústria da música nos força a sermos categorizados e rotulados(Rock, Country, Classical, Jazz, R&B, etc. etc.) pra poderem controlar melhor o mercado, pesquisas, etc.(o que não é difícil porque 70% da música é comprada por jovens de 25 anos ou menos aqui no ocidente). Quando você leva isso realmente em conta, sem fantasiar, volta o ditado "Só existem dois tipos de música: boa música e a música que não é boa", só que, realisticamente falando, a música boa é a que agrada o público/mercado/ você e a ruim é a que não o faz. Simples assim. Na prática. No mundo real. Não tem "erudito" nisso - tem dinheiro e milhões de humanos massificados seguindo com suas vidas musicalmente.
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