Objetos pessoais do rei estão à mostra no Ellington Hotel, em Berlim.
Há roupas, desodorantes e até remédios na exposição.
"Elvis está crescendo na Alemanha", disse à Reuters o homem, que identificou-se como Freddy. "Não são apenas as pessoas mais velhas (que o amam), são os jovens também."
Freddy faz parte das centenas de visitantes que foram ao Ellington Hotel, em Berlim, para ver a maior coleção de objetos originais de Elvis já exposta fora dos Estados Unidos, para lembrar a morte do rei, há 30 anos, em 16 de agosto de 1977.
Um olhar rápido para os fãs comprovou a observação de Freddy. Embora muitos evidentemente tinham 50 ou 60 anos, havia dezenas de jovens na casa dos 20 ou 30 anos, ansiosos para ver os ternos de Elvis, seu casaco de camurça, seus anéis, óculos de sol, colcha, chaves do carro e outros artigos pessoais.
Elvis ocupa um lugar especial no coração dos alemães. Não só ele tinha ascendência alemã distante, como passou um ano e meio, entre 1958 e 1960, na Alemanha Ocidental, enquanto servia o exército americano.
A cidade de Bad Nauheim, perto de Frankfurt, onde Elvis fez seu serviço militar, tem uma praça Elvis Presley (Elvis-Presley-Platz) e ainda é um destino turístico procurado por fãs.
Franz Josef Wagner, colunista do jornal Bild, o mais vendido da Alemanha, procurou recordar o significado de Elvis para os alemães que reconstruíram seu país ocupado, após a guerra.
"É verão, 50 anos atrás. A 2ª Guerra Mundial acabou, e o rádio - é a Armed Forces Network, a rádio militar americana - está tocando 'My happiness"', escreveu Wagner.
Para alemães como ele, Elvis foi "a pessoa mais radical do século 20, e todas as outras que vieram depois não passam de imitadoras".
Até o Ministério alemão do Exterior participou das comemorações. Em seu site, o ministério postou um lembrete sobre a morte de Elvis e um artigo sobre a biografia ilustrada.
Entre 16 e 19 de agosto, Bad Nauheim vai sediar o 6º Festival Europeu Elvis.
Franz Wagner resumiu o sentimento de muitos fãs de Elvis em todo o país quando concluiu: "Ele mudou minha vida. Em definitivo, mais que Mozart".
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