Último álbum dos Beatles completa 40 anos da Efe, em Londres
Neste sábado "Let it be", o álbum que colocou um ponto final na trajetória
dos Beatles, completa 40 anos.
Em 1966 a banda tomou a decisão de deixar os palcos para se concentrar em seu
trabalho de estúdio.
No entanto, dois anos depois, e após a tortuosa gravação do disco conhecido
como "O Álbum Branco", Paul McCartney começou a gestar um projeto, inicialmente
chamado "Get Back", que pretendia levar a banda de volta às suas origens.
A ideia de McCartney consistia na preparação de novas músicas que pudessem
ser apresentadas ao público no palco, ao vivo, além da filmagem de todo o
trabalho para um filme.
Os Beatles iniciaram a gravação, mas os problemas que tinham dificultado o
trabalho durante a gravação de "O Álbum Branco", não demoraram a ressurgir.
A presença do casal John Lennon e Yoko Ono no estúdio de gravação, a morte do
agente do grupo, Brian Epstein, que deixou os Beatles sem representação nem
liderança, e o individualismo cada vez maior de todos os membros da banda
fizeram da gravação de "Get Back" uma "experiência desagradável" , como descreveu
o produtor George Martin.
Lennon e McCartney tinham perdido o interesse de compor juntos e o ambiente
estava tão carregado que Harrison abandonou a banda durante dez dias.
Apenas a presença do tecladista Billy Preston, que se uniu à gravação de
algumas músicas, conseguiu acalmar os ânimos durante um tempo.
No entanto, no filme resultante da filmagem das sessões ficava claro que
McCartney, Lennon, Harrison e Starr já não funcionavam como banda.
O projeto foi abandonado temporariamente pela gravação de "Abbey Road" e só
foi retomando no começo de 1970 pelo produtor americano Phil Spector, conhecido
por seu característico muro de som.
Após analisar outros cenários como um barco no Tâmisa e o deserto de Túnis,
os Beatles fizeram um show, o último de sua carreira como conjunto, no terraço
do edifício da Apple Corps no número 3 de Savile Row, a rua dos alfaiates sob
medida de Londres, para apresentar "LeT it be".
No estúdio, Spector acrescentou o show ao material gravado e fundos de
orquestras e coros. O disco resultante, o único não produzido por George Martin,
não agradou McCartney, que tinha concebido o projeto como um álbum com som ao
vivo.
Em 2003, McCartney lançou "Let it be...Naked", uma reedição com sua própria
versão do material original.
O projeto, pensado como "Get Back", uma volta ao rock'n'roll e aos shows que
tinham caracterizado a banda no seu início, terminou como "Let it Be" e com a
separação dos garotos de Liverpool.
McCartney tinha decidido deixar a banda no dia 10 de abril de 1970, uma
semana antes do lançamento de seu primeiro trabalho solo, e anunciou a
dissolução do grupo em uma entrevista na qual descartava voltar a trabalhar com
Lennon.
Ele não só transgrediu o pedido de seus companheiros de atrasar o lançamento
de seu novo disco, muito próximo ao lançamento de "Let it be", como se antecipou
a Lennon, que seis meses antes já tinha comentado sua intenção de deixar os
Beatles, mas que não a tornou pública porque estava esperando para solucionar
alguns problemas de representação.
"Sempre estava buscando uma desculpa para deixar os Beatles, mas não tinha
coragem para fazer isso. A semente estava plantada desde que deixamos os palcos,
mas me assustava a ideia de abandonar o palácio", reconheceria Lennon dez anos
depois.
"Let it be" conseguiu ser o número um na lista americana Billboard durante
três semanas e a banda sonora do filme levou um Oscar.
No entanto, a crítica não acompanhou o álbum de despedida dos Beatles, que o
crítico da revista "New Musical Express", Alan Smith, definiu como "um epitáfio
encardido, uma lápide de cartolina, um final triste e mesquinho para um grupo
que mudou a música pop".
Neste sábado "Let it be", o álbum que colocou um ponto final na trajetória
dos Beatles, completa 40 anos.
Em 1966 a banda tomou a decisão de deixar os palcos para se concentrar em seu
trabalho de estúdio.
No entanto, dois anos depois, e após a tortuosa gravação do disco conhecido
como "O Álbum Branco", Paul McCartney começou a gestar um projeto, inicialmente
chamado "Get Back", que pretendia levar a banda de volta às suas origens.
A ideia de McCartney consistia na preparação de novas músicas que pudessem
ser apresentadas ao público no palco, ao vivo, além da filmagem de todo o
trabalho para um filme.
Os Beatles iniciaram a gravação, mas os problemas que tinham dificultado o
trabalho durante a gravação de "O Álbum Branco", não demoraram a ressurgir.
A presença do casal John Lennon e Yoko Ono no estúdio de gravação, a morte do
agente do grupo, Brian Epstein, que deixou os Beatles sem representação nem
liderança, e o individualismo cada vez maior de todos os membros da banda
fizeram da gravação de "Get Back" uma "experiência desagradável" , como descreveu
o produtor George Martin.
Lennon e McCartney tinham perdido o interesse de compor juntos e o ambiente
estava tão carregado que Harrison abandonou a banda durante dez dias.
Apenas a presença do tecladista Billy Preston, que se uniu à gravação de
algumas músicas, conseguiu acalmar os ânimos durante um tempo.
No entanto, no filme resultante da filmagem das sessões ficava claro que
McCartney, Lennon, Harrison e Starr já não funcionavam como banda.
O projeto foi abandonado temporariamente pela gravação de "Abbey Road" e só
foi retomando no começo de 1970 pelo produtor americano Phil Spector, conhecido
por seu característico muro de som.
Após analisar outros cenários como um barco no Tâmisa e o deserto de Túnis,
os Beatles fizeram um show, o último de sua carreira como conjunto, no terraço
do edifício da Apple Corps no número 3 de Savile Row, a rua dos alfaiates sob
medida de Londres, para apresentar "LeT it be".
No estúdio, Spector acrescentou o show ao material gravado e fundos de
orquestras e coros. O disco resultante, o único não produzido por George Martin,
não agradou McCartney, que tinha concebido o projeto como um álbum com som ao
vivo.
Em 2003, McCartney lançou "Let it be...Naked", uma reedição com sua própria
versão do material original.
O projeto, pensado como "Get Back", uma volta ao rock'n'roll e aos shows que
tinham caracterizado a banda no seu início, terminou como "Let it Be" e com a
separação dos garotos de Liverpool.
McCartney tinha decidido deixar a banda no dia 10 de abril de 1970, uma
semana antes do lançamento de seu primeiro trabalho solo, e anunciou a
dissolução do grupo em uma entrevista na qual descartava voltar a trabalhar com
Lennon.
Ele não só transgrediu o pedido de seus companheiros de atrasar o lançamento
de seu novo disco, muito próximo ao lançamento de "Let it be", como se antecipou
a Lennon, que seis meses antes já tinha comentado sua intenção de deixar os
Beatles, mas que não a tornou pública porque estava esperando para solucionar
alguns problemas de representação.
"Sempre estava buscando uma desculpa para deixar os Beatles, mas não tinha
coragem para fazer isso. A semente estava plantada desde que deixamos os palcos,
mas me assustava a ideia de abandonar o palácio", reconheceria Lennon dez anos
depois.
"Let it be" conseguiu ser o número um na lista americana Billboard durante
três semanas e a banda sonora do filme levou um Oscar.
No entanto, a crítica não acompanhou o álbum de despedida dos Beatles, que o
crítico da revista "New Musical Express", Alan Smith, definiu como "um epitáfio
encardido, uma lápide de cartolina, um final triste e mesquinho para um grupo
que mudou a música pop".
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