Foi a partir de 1844 , quando Anton Shindler , secretário particular de Ludwig van Beethoven (1770-1827) , publicou um artigo afirmando que o compositor teria criado vários esboços de uma inacabada “Sinfonia No. 10”, em mi Bemol , que os musicólogos passaram a se interessar por essa provável criação do “Gênio de Bonn”.
Schindler no decorrer dos tempos passou a ser considerado uma testemunha “duvidosa”, entretanto , Karl Holz, que também fora secretário de Beethoven, afirmou que ouvira o compositor executando ao piano o primeiro movimento desta sinfonia e num artigo afirmou que a obra fora esboçada por completo...
Também uma carta de Beethoven a Schilinder, datada de 8 dias antes de sua morte , referia-se a esboços para uma nova sinfonia.
Gustav Nottebohn , estudioso de Beethoven do final do século, afirmou que os esboços achados eram iguais a tantos outros que o compositor anotara no decorrer de sua vida.
Para completar a confusão havia cerca de 8000 páginas de esboços , de poucas linhas , sem chave ou assinatura , péssima caligrafia e indecifráveis , que Beethoven deixara jogado em vários lugares.
Em 1984, dois artigos publicados num lapso de poucos meses por Sighard Bramdenburg em Berlim e Barry Cooper na Inglaterra referiam-se a três grupos de esboços datados de 1822 e 1824 e mais um grupo de 1825, que seriam fragmentos da Sinfonia No. 10.
O interessante é que nenhum dos dois musicólogos pesquisava essa Sinfonia: Bramdenburg estudava a "Nona", e Cooper ocupava-se na inauguração dos esboços achados.
Barry Cooper analisando vários esboços de outras obras do Mestre, conheceu assim, os métodos de composição de Beethoven tornando-se capaz de dar sentido aos elementos disponíveis e “compilar”um movimento inteiro, preenchendo as passagens incompletas com música baseada no farto material temático existente.
O obra resultante ,em si mesmo não é uma “nova Sinfonia”de Beethoven , mas uma espécie de impressão do artista desse primeiro movimento próximo daquilo que o mestre possa ter tido em mente, seguramente distante do que seria essa “Sinfonia Ilusória”.
A obra assim “compilada “consta de um segmento musical único, subdividido em três movimentos diferentes (Andante-Allegro-Andande), com duração total de 20 minutos.
Esse movimento tem muito do estilo de Beethoven, principalmente no “Allegro”, mas deixa muito a desejar para não dizer que é decepcionante...
Enfim não deixa de ser uma “tentativa” de nos brindar com mais uma criação do maior gênio musical de todos os tempos: Ludwig van Beethoven!
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