Existe pelo menos mais um, de proveniência desconhecida, feito de bronze, com 53 centímetros de comprimento e um pavilhão muito mais largo, com 16 centímetros de diâmetro, e datando, provavelmente, do período ptolomaico. No antigo Egito o trompete recebia o nome de sheneb e parece ter sido primordialmente um instrumento musical militar. Como tal é representado em cenas de batalhas e de paradas militares. São poucos os casos em que é mostrado o uso do trompete em cerimônias civis.
Em 1939 realizou-se no Cairo uma gravação do som do trompete de prata de Tutankhamon, com transmissão ao vivo pelo rádio. Como os rumores de guerra rondavam a Europa, houve quem se lembrasse da "maldição de Tutankhamon" e, por ser o trumpete um instrumento bélico, diziam que seu som iria "despertar os cães da guerra". Durante o primeiro ensaio o instrumento fez-se em pedaços. Depois que foi consertado, a gravação realizou-se com sucesso.
Uma queda de energia no Cairo quase impediu a transmissão, mas com o emprego de baterias e luz de velas a situação foi contornada. O locutor anunciou: "O trumpete do faraó Tutankhamon, senhor das duas coroas, rei do sul e do norte, filho de Rá!".
Foi então que se ouviu o que foi descrito como uma límpida voz prateada do glorioso passado do Egito... ecoando pelos quatro cantos da Terra.
A guerra estourou na Europa seis meses depois, mas Rex Keating, o homem que convenceu as autoridades egípcias a autorizarem o uso do trumpete, afirma: "Permaneço convencido de que foi um pequeno austríaco de bigode, não a ação fatídica da maldição de Tutankhamon."
A gravação hoje faz parte dos arquivos sonoros da BBC.

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