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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Elvis: Rei do Rock e galã (rebelde) de cinema

Cantor participou de mais de 30 filmes nos anos 1950 e 1960.
Apesar das críticas desfavoráveis, fãs transformavam tudo em sucesso.

Após ter conquistado o mundo, Elvis Presley não conseguia mais ir ao cinema. Ele alugava salas, depois da meia-noite, quando já estavam fechadas para o público, e ia com sua mulher, Priscilla, familiares e amigos a sessões criadas especialmente para ele. Inevitavelmente os fãs descobriam a armação e apareciam.


É o que conta Priscilla Beaulieu, mulher de Elvis, no documentário “O ídolo imortal” (1981), até agora inédito em DVD, que está sendo lançado em homenagem aos 30 anos da morte do Rei do Rock, comemorados neste mês.


Se Elvis não conseguia ir ao cinema, o mesmo não podia ser dito de fazer cinema. Com mais de 30 filmes em seu currículo, o roqueiro atingiu a marca de três longas por ano na segunda metade dos anos 60 – enquanto o som dos Beatles dominava a América.

Elvis não tinha limitações de estilo: arriscou-se em dramas, comédias (veja o trecho acima, do filme “Kissin' cousins”, de 1964) e romances, cantando e representando o galã (quase sempre) rebelde. As críticas, normalmente, não eram dóceis com o cantor –considerado mau exemplo para os jovens, tanto por sua postura e imagem quanto pelo requebrado, ousado demais para a época. Mas assim era Elvis: precursor e controverso. E por isso, apesar das negativas avaliações dos jornalistas, o público sempre comparecia, prestigiava e caía de amores por tudo o que ele fazia.

Para quem aprecia o talento dramático do Rei, já há no mercado de DVDs várias opções – entre clássicos, preciosidades e até algumas bobagens divertidas. O documentário “O ídolo mortal” vem em uma caixa com outros dois DVDs, “O prisioneiro do rock” (1957) e “Viva um pouquinho, ame um pouquinho” (1968).

“O ídolo imortal”, que mistura cenas reais e reconstituições para contar a vida do Rei, tem disco duplo, com a versão original do filme e também sua versão estendida, com 40 minutos a mais - atenção para as imagens da parceria genial entre Elvis e Frank Sinatra, em um programa de TV. Entre os extras, uma galeria de trailers e o vídeo “Behind the gates of Graceland” (por trás dos portões de Graceland – propriedade onde Elvis e sua família viveram, em Memphis, Tennessee).

Sem esquecer que muitos lançamentos cinematográficos protagonizados por Elvis traziam no título – ou como canção principal - seus sucessos. “O prisioneiro do rock” nada mais é do que “Jailhouse rock” (assista a trechos acima). O primeiro longa-metragem protagonizado pelo cantor, “Ama-me com ternura” (1950), deveria se chamar “The Reno brothers”, mas mudou por causa do hit “Love me tender”. Aliás, esse filme também já está disponível em DVD.

Outro que está sendo lançado agora e está entre os filmes mais conhecidos do Rei do Rock é “Viva Las Vegas”, de 1964 (veja partes do filme ao lado), que em português foi batizado de “Amor à toda velocidade” e traz como extra “Elvis in Vegas” (um dos lugares em que o cantor mais se apresentou durante toda a sua carreira). Aliás, falando em show, há também o DVD de “Elvis é assim”, que traz a lendária apresentação do Rei no verão de 1970, em Vegas, com 30 minutos de músicas originais recuperadas.

Merece destaque ainda o lançamento de um outro box, com quatro títulos (também vendidos separadamente). Estão na coleção os musicais “Garotas!Garotas! Garotas!” (1962), “O seresteiro de Acapulco” (1963), “No paraíso do Havaí” (1966) e “Meu tesouro é você” (1967).


http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL88100-7086,00-ELVIS+REI+DO+ROCK+E+GALA+REBELDE+DE+CINEMA.html


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