Edmundo Villani-Côrtes, um dos mais notáveis compositores brasileiros, acaba de completar 80 anos (em 8 de Novembro). Para festejar a data e homenagear o amigo, dezenas de expressivos músicos da cena paulistana – todos eles de algum modo vinculados à música do compositor – reúnem-se no palco do SESC Vila Mariana no domingo 28 de Novembro, às 18 horas, para um concerto comemorativo, que acontece por iniciativa de Abigail Wimer, com apoio do SESC São Paulo.
No programa do concerto, apenas composições de Villâni-Côrtes, de épocas diversas e para diferentes formações. Destaques, entre tantas participações notáveis, para Fabio Zanon em Choro Pretensioso (1983); para as cantoras Gabriella Pace e Adriana Clis, acompanhadas ao piano por Gilberto Tinetti, em Canção de Carolina (1995); para a pianista Karin Fernandes em Corrupio (3º movimento da Sonata nº 1 para piano, 1994); para o Grupo AUM, com Poema Brasileiro (1996); e para o grupo Quintal Brasileiro em Choro Patético (1999).
O final do concerto promete ser muito especial. A muito musical família do compositor – a esposa Efigênia Côrtes, soprano, os filhos Ed Côrtes, saxofone tenor, e Gê Côrtes, contrabaixo, e o próprio Edmundo Villani-Côrtes ao piano – estará no palco com o Quintal Brasileiro para apresentar a cantata Papagaio Azul. E em seguida todos os músicos participantes do concerto reúnem-se para tocar as Cinco Miniaturas Brasileiras.
Atuação sempre intensa - Pianista, regente, arranjador e compositor, Edmundo Villani-Côrtes nasceu em Juiz de Fora, MG. Seu interesse pela música começou com o violão, que aprendeu de maneira intuitiva. Só aos 17 anos iniciou estudos formais em música, formando-se em piano em 1954, pelo Conservatório Brasileiro de Música. Foi professor da Academia Paulista de Música e do Instituto de Artes da UNESP e em 1988 concluiu Mestrado de Composição na Escola de Música da UFRJ.
Sua atuação nas últimas décadas sempre foi intensa, tanto na área da música de concerto como na de música popular. Iniciou sua carreira profissional tocando piano na Orquestra Tamoio, do maestro Cipó, no Rio de Janeiro. Em 1965, integrou a orquestra de Luís Arruda Paes, com a qual atuou até 1967.
Na década de 1960 trabalhou em gravadoras e em emissoras de TV, chegando a escrever mais de 600 arranjos para as orquestras da TV Tupi e TV Globo, do Rio de Janeiro. Nos anos 1970 trabalhou como arranjador na TV Tupi de São Paulo, realizando mais de mil orquestrações para músicas de vários gêneros. Foi o pianista do grupo musical dos primeiros anos do programa de Jô Soares (então chamado Jô Soares Onze e Meia), no SBT.
Em 1990 e 1991, foi regente da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.
Compôs várias peças de música orquestral, de câmara, de música instrumental e vocal, além de música eletroacústica. Sua obra inclui mais de 250 composições, boa parte delas gravadas em mais de 50 CDs no Brasil e no Exterior.
Dono de estilo próprio, que mistura de modo original elementos da música clássica universal aos da música popular urbana brasileira, Villani-Côrtes é um dos compositores brasileiros vivos mais tocados da atualidade.
Texto de Villani-Côrtes que estará no programa do concerto
A gente nunca sabe, mas tem que pelo menos tentar saber...
  A gente nunca aprende, mas é aconselhável sempre tentar aprender...
  Todas as coisas que nos acontecem são as oportunidades que a vida nos    dá, para alguma coisa aprender.
  Se imagino uma melodia, uma seqüência harmônica, enfim, uma    idéia musical que me agrada, procuro escrevê-la com todo cuidado    e carinho, da mesma forma que faço ao escolher um presente para dar a    um amigo.
  Acredito que a minha principal motivação para compor é    a tentativa de me aproximar da essência do universo, é a tentativa    de me irmanar cada vez mais com a natureza, com os meus semelhantes, com o que    eu acho mais bonito, mais digno e que existe de mais profundo dentro do ser    humano.
  Escrevo tentando encontrar sons que correspondam ou se aproximem de alguma coisa    que condiga com o ideal estético presente no meu coração.    Tenho encontrado muitos jovens de grande talento imensamente interessados nas    minhas peças concertantes.
  Creio ser muito importante nos libertarmos dos preconceitos e, de mãos    dadas, trabalhar cada qual com o seu talento, sua cultura, procurando sempre    produzir o melhor de si, sem a intenção da competitividade, pois    nem sempre os primeiros serão tão primeiros quanto supomos, nem    os últimos tão últimos quanto aparentam.
  Novos horizontes devem ser procurados a cada segundo da nossa vida, pois cada    manhã de nossos dias, cada batida do nosso coração é    sempre nova. Os horizontes são sempre novos. A vida nos mostra a cada    momento uma nova visão dela mesma e a música é o reflexo    da vida.
  A felicidade é o que todos nós procuramos e eu me sinto muito    feliz de estar nesta noite com esses grandes músicos interpretando minhas    composições.
  Agradeço imensamente a todos que tornaram possível este encontro.    
Edmundo Villani-Côrtes
Sobre os músicos participantes
 ADALTO SOARES, trompa
  Leciona trompa no Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos de    Campos de Tatuí. Desenvolve carreira solo como Trompista, com CD lançado    pela Orquestra de Sopro Brasileira, o Grupo de Choro Horn Brasil – Tatuí    – SP e Orquestra de Sopro de Karlsruhe-Alemanha na qual realizou turnê    pelo Brasil e Alemanha.
  É construtor e restaurador de instrumentos musicais de metal e diretor    da Orquestra de Metais “Lyra Tatuí”, onde desenvolve trabalho    de ensino musical com a qual vem se apresentando em diversas cidades do Brasil    e do exterior, com premiações nacionais e internacionais. Participou    de três turnês pela Alemanha em 2008, 2009 e 2010 na região    de Karlsruhe e foi um dos destaques do Festival junger Künstler Bayreuth,    onde conduziu a Orquestra em diversas apresentações e na gravação    de um cd de musicas brasileiras na Stadthalle Bayreuth
 ADRIANA CLIS, mezzo-soprano
  Detentora do Prêmio Carlos Gomes 2002, na categoria “revelação”,    Adriana tem se apresentado frequentemente como solista na OSESP, OSM SP, OSUSP,    OSB, OPES, OSTM RJ, OER SP, Amazonas Filarmônica e Banda Sinfônica    de SP. Sua atuação abrange igualmente a ópera, a música    de concerto e a música de câmara.
  Na Europa, apresentou recitais em Bellegarde, Sévres, Paris e Berlin.    Fez curso no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, com Klara Kadinskaia    (Teatro Bolshoi) e se aperfeiçoou em Milão sob orientação    do maestro Pier Miranda Ferraro, da Academia Lírica Italiana. Prêmios:    Concurso Internacional de Canto “Bidu Sayão” (2003), Concurso    Jovens Solistas “Eleazar de Carvalho” ( 2002), finalista das “Audições    para Novas Vozes Líricas” do Teatro Colón (Buenos Aires),    onde integrou em 2005 na Ópera “Die Walküre” de Wagner.
 CÉLINE IMBERT, soprano
  Em 2010 foi laureada com a comenda do Estado de São Paulo. Em 2009 foi    indicada ao Prêmio Guarany (Carlos Gomes) pelo conjunto de sua obra. Em    2007 recebeu a ORDEM DO MÉRITO CULTURAL do Presidente da República    e o Ministro da Cultura. Vencedora dos principais prêmios brasileiros    de música erudita, entre eles, Prêmio Eldorado de Música,    Prêmio Carlos Gomes e APCA. Céline é requisitada para as    temporadas de concertos, recitais e óperas mais importantes do país.    Gravou recentemente o CD “Berio +” (Selo SESC) com Percorso Ensemble    e “Vinícius sem mais saudade” (CPC-UMES) com Marcelo Ghelfi.    Desde o fabuloso sucesso de sua Carmen em 1987, Céline não parou    mais. Fez sua estréia internacional na Arizona Opera Company com Carmen    e depois no Orange County Performing Arts Center na Califórnia com Santuzza.
 ED CÔRTES, saxofones e clarinetes
  Trabalha há 20 anos fazendo trilhas para comerciais de tv (www.tentaculoaudio.com.br)    , cinema (Cidade de Deus, Não Por Acaso, Rinha..) arranjos e regência    para cinema (Collateral , Senhor das Armas , Abril Despedaçado..) e para    música pop ( Skank , Jota Quest..).
 EFIGÊNIA CÔRTES, soprano
  Natural de Teixeiras, MG, onde muito cedo começou a estudar música    e violino com sua mãe, que além de violinista era também    cantora. Aos 17 anos já morando em Juiz de Fora, e influenciada pelos    musicais do cinema americano, se encantou com o canto lírico, e logo    iniciou seus estudos e aos 20 anos foi laureada no concurso para jovens solistas    da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Mais tarde    ao se mudar para São Paulo aperfeiçoou-se com a Prof. Herminia    Russo, e passou a integrar o Coral Lírico do Teatro Municipal de São    Paulo, onde teve oportunidade de apresentar-se também como solista em    óperas e Concertos Sinfônicos. Atualmente se dedica ao ensino de    canto lírico.
 FÁBIO ZANON, violão
  É internacionalmente reconhecido como uma das estrelas do violão    clássico no século XXI. Seu amplo repertório, seus projetos    inovadores, bem como sua diversificada atividade como regente, professor, escritor    e comunicador têm contribuído para ampliar a presença do    violão no universo da música clássica. Como solista, ele    tem se apresentado em algumas das salas mais importantes como o Royal Festival    Hall em Londres, o Carnegie Hall em Nova York, o Philharmonie de São    Petersburgo, a Sala Tchaikovsky em Moscou e o Concertgebouw de Amsterdam e é    convidado freqüente dos maiores festivais em quatro continentes. Como solista    orquestral, além de tocar o repertório tradicional em todo o mundo,    ele estreou, nos últimos anos, várias obras contemporâneas    e integrou ao repertório regular várias obras-primas esquecidas.
 GABRIELLA PACE, soprano
  Vencedora do Prêmio Carlos Gomes 2010. Cantou sob a regência de    Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Roberto Minczuk, Luiz Fernando Malheiro,    Fábio Mechetti, Sílvio Viegas, Carlos Moreno, Justin Brown, entre    outros. Foi Musetta em La Bohème, Micaela em Carmen, Susanna em As Bodas    de Figaro, Liù em Turandot, Ceci em O Guarany, Pamina em A Flauta Mágica,    Giulietta em I Capuleti ed i Montecchi, Norina em Don Pasquale , entre outras.    Foi solista na Quarta de Mahler, Nona de Beethoven, Carmina Burana de Orff,    Lobgesang de Mendelssohn, Requiem de Mozart, Stabat Mater de Rossini, Missa    in Tempore Belli, a Criação e as Estações de Haydn.    Desde 2005 apresenta-se ao lado de Gilberto Tinetti e Adriana Clis em concertos    de câmara por todo o país.
 GÊ CÔRTES, contrabaixo
  Estudou com os professores Luiz Chaves (Zimbo Trio) e Sandor Molnar (Teatro    Municipal), com Thibault Delor e atualmente cursa bacharelado em música    – habilitação em instrumento na Unesp. Lecionou contrabaixo    (acústico e elétrico) nas escolas CLAM e na ULM. Fundou e integrou    o Grupo KALI, composto por mulheres, dedicado à música instrumental    brasileira e ao jazz. Acompanhou vários cantores, dentre eles: Ritchie,    Jane Duboc, Eliete Negreiros, Adriana Mezzadri e Milton Nascimento. É    integrante da Orquestra “Jazz Sinfônica” desde 1990.
  Em 2000 passou a integrar a Banda “Altas Horas”, no programa do    apresentador Serginho Groisman, na Rede Globo.
 GILBERTO TINETTI, piano
  Nome de especial destaque no panorama musical brasileiro, nasceu em São    Paulo, em 1932. Em 1957 passou a estudar em Paris com Magda Tagliaferro. Seus    concertos aconteceram em vários países da Europa, nos Estados    Unidos e na América Latina. No Brasil se apresenta regularmente em recitais,    concertos com orquestra e música de câmara. Em 1975 foi um dos    fundadores do Trio Brasileiro, ao lado de Erich Lehninger e Watson Clis, com    mais de 30 anos de atividades ininterruptas. Recebeu por três vezes o    Prêmio Carlos Gomes. Foi diretor e professor dos Seminários de    Música Pró-Arte de S.Paulo, tendo sido professor do Departamento    de Música da ECA-USP por mais de 20 anos. Apresenta na Rádio Cultura    FM de S.Paulo um programa diário voltado para o repertório pianístico:    Pianíssimo
 GRUPO AUM
  Formado em 1997, com o objetivo de mostrar repertório de música    erudita, do barroco ao contemporâneo. Criaram o projeto Música    Brasileira de Compositores Vivos. Discografia Grupo AUM interpreta Villani-Côrtes    (2001), Os Borulóides, traz repertório de Amaral Vieira, Julio    Bellodi e novamente Villani-Côrtes. Postais Paulistanos (Fábrica    Discos/Tratore) apresenta músicas de Edmundo Villani-Côrtes, Paulo    Maron e Hélcio de Latorre, que recebeu elogiosas críticas de imprensa.    A parceria com Edmundo Villani-Côrtes começou no ano 2000, durante    uma homenagem aos seus 70 anos. Villani-Côrtes é o diretor musical    dos 3 CDs. Integrantes: pianista Arlete Tironi Gordilho, Liliana Bertolini (flauta),    Hélcio de Latorre (flauta e flautim), Gilson Barbosa (oboé e corne    inglês), Clóvis Camargo (contrabaixo) e Nath Calan (percussão).
 KARIN FERNANDES, piano
  Natural de São Paulo, realizou a primeira audição da Sonata    n.1 e Concerto n.3 na versão para piano e orquestra sinfônica de    Edmundo Villani Côrtes, além da primeira audição    do Concerto para piano e orquestra de Edson Zampronha e Sonatina de Marlos Nobre.    Como solista já se apresentou frente a importantes orquestras - OSESP,    Sinfônica de Campinas, Sinfonia Cultura e Banda Sinfônica do Estado    de São Paulo. Obteve destaque após ser a vencedora do disputado    X Prêmio Eldorado de Música em 1999. Foi premiada em outros 20    concursos de piano. Atuou em festivais no Brasil - 39ª, 43ª e 45ª    edições do Festival Música Nova, 7º e 9º Brasil    Instrumental e 3º Festival de Música de Ourinhos. e também    no Third Oxford Philomusica Piano Festival em Oxford, Inglaterra (2001), e no    Festival de Música e Teatro da Cidade do Porto, Portugal (2004). A pianista    possui dois cd's solo, um deles lançado pela Gravadora Eldorado indicado    de melhor cd erudito de 2000 e cd artista revelação. Participou    da gravação do cd "Gilberto Mendes" pelo selo SESC lançado    em outubro deste ano, e em dezembro lança pelo selo Clássicos    o cd "Trio Puelli - Primma", com trios brasileiros para piano, violino    e violoncelo.
 LUIZ AMATO, violino
  Nasceu em São Paulo. Bacharel em Música pela USP, concluiu mestrado    no New England Conservatory em Boston (EUA). Em 1996 doutorou-se pela Universidade    da Califórnia em Santa Barbara (EUA) e durante esse período foi    membro do quarteto em residência desta universidade, com o qual participou    de vários festivais e concertos pelos Estados Unidos e Europa. De volta    ao Brasil, integrou-se como spalla da Camerata Novo Horizonte e Orquestra de    Câmara São Paulo. Durante três anos foi spalla da Orquestra    Sinfônica Municipal de São Paulo e por dois anos, da Amazonas Filarmônica.    Foi membro do premiado Quarteto de Cordas Cidade São Paulo. Hoje, Luiz    é professor da UNESP. É integrante do Quintal Brasileiro e Duo    Giardini.
 MARCO ANTONIO BERNARDO, piano
  Natural de São Paulo, capital, é músico eclético,    respeitado no meio musical por um talento incomum que o permite transitar fluentemente    pelos mais variados meios de expressão musicais, tanto na música    erudita como na popular. É pianista e diretor musical contando com numerosas    gravações, destacando os CDs Carinhoso, Homenagem a Canhotinho,    Encores e O Cancionista; Regente e idealizador de corais em São Paulo    desde 1984, com trabalhos também registrados em CDs; Arranjador e compositor    com obras editadas pela Irmãos Vitale. Pianista solista e acompanhador,    atua junto à nata dos cantores líricos e populares brasileiros    e é ligado ao Teatro Municipal de São Paulo desde 1989; Pesquisador    da música popular brasileira premiado pela Fundação Vitae    em 1993, editou pela Irmãos Vitale os livros Nabor Pires Camargo, Uma    Biografia Musical (2002) e Waldir Azevedo, Um Cavaquinho na História    (2004).
 MARCO VILLA, piano
  Iniciou seus estudos musicais aos 4 anos de idade. Desde então teve aulas    com renomados professores, como Cláudio Richerme, Sonia Muniz de Carvalho,    Flávio Augusto, Paul Rutman, Max Barros, Eric Huebner e Graham Griffiths.    Foi aluno da Escola Municipal de Música (EMM) e da Universidade Livre    de Música (ULM). Com grande experiência na execução    de peças de diversos períodos musicais, Marco participou de vários    workshops e festivais. Em concursos, recebeu vários prêmios pela    sua performance, o qual se destaca o de melhor intérprete de música    brasileira no Concurso Nacional de Piano Guiomar Novaes. Especializou-se em    técnica e interpretação pianística e vem realizando    diversos trabalhos como arranjador, acompanhador e professor de teoria musical,    harmonia e história da música. Sua principal atividade hoje é    ministrar aulas sobre técnica pianística com ênfase em interpretação.
 MARIA JOSÉ CARRASQUEIRA, piano
  Vinda de uma rica formação artística e musical dentre os    prêmios recebidos, destacam-se o Prêmio Carlos Gomes – Solista    Instrumental - Prêmio da APCA - Melhor Recital, Prêmio Sharp de    Música, pela Produção do Melhor CD Clássico. Doutora    em Artes, pertence ao corpo docente do Departamento de Música do Instituto    de Artes da UNICAMP. É responsável pelas edições    dos álbums “O melhor de Pixinguinha” e “O livro de    Pattápio Silva”, (Irmãos Vitale Editores-Brasil), além    de uma extensa revisão crítica sobre os Vinte Estudos Para Piano    de Camargo Guarnieri. Seu CD com obras de E. Nazareth, de 2005, (selo francês    SOLSTICE, no Brasil pelo YBRAZIL), foi agraciado com 4 estrelas pela “Le    Monde de La Musique” e “ Diapason”. Apresentou-se no Carneguie    Hall NY, com o DUO CARRASQUEIRA. Em 2010 fez turnê no Peru, Equador, Nova    Zelândia, Inglaterra e Noruega, e em dezembro apresentará o concerto    N.3 de Villani- Cortes, em Yerevan, Armênia com a Orquestra Nacional.
 QUINTAL BRASILEIRO
  Formado em 2002, o quinteto de cordas tem como proposta uma maneira de tocar    em que se diluem as fronteiras entre a música instrumental brasileira    e a música erudita. Todos os integrantes trabalham em orquestras e universidades    em posição de destaque e decidiram se dedicar a este trabalho    inédito, interpretando um repertório diferenciado e inovador,    dentro desse espírito de pesquisa. Discografia: “Abstrações”    2006 distribuição da Tratore. Participou do CD de música    contemporânea “Novos Universos Sonoros”, patrocínio    da Petrobras. Apresentou-se no SESC, Museu da Casa Brasileira e SESI SP. Participou    ao vivo no espetáculo “Passanoite” da São Paulo Cia    de Dança. Foi selecionado para turnê em 6 cidades do estado, através    do edital PROAC Circulação de Espetáculos Musicais 2009.    Luiz Amato e Esdras Rodrigues, violinos; Emerson de Biaggi, viola; Adriana Holtz,    violoncelo e Ney Vasconcelos, contrabaixo.
 SÉRGIO BURGANI, clarinete
  Paulista de São Bernardo do Campo. Foi aluno de Rafael Gallardo Caro    na Escola Municipal de Música de São Paulo. Concluiu bacharelado    na Faculdade Carlos Gomes de São Paulo. Premiado em vários concursos    como o Sul América-Jovens Concertistas Brasileiros, o II Prêmio    Eldorado de Música, o I Concurso Jovens Solistas EPTV-MG e o VIII Prêmio    Eldorado de Música, este como integrante do grupo Sujeito a Guincho.    Destacou-se na apresentação do Ciclo Brahms, ao lado de Antonio    Meneses, Gilberto Tinetti, José Feghali, Paulo Gori e do Quinteto de    Cordas Bela Bartók, executando grande parte do repertório de câmara    para clarinete. Professor no Instituto de Artes da Unesp - Universidade Estadual    Paulista -, desenvolve intenso trabalho com o Sujeito a Guincho, cujo primeiro    CD obteve o Prêmio Sharp de Música em 1996.
 TONINHO CARRASQUEIRA, flauta
  Com uma história de centenas de concertos em quase quarenta países,    Antonio Carlos Carrasqueira é elogiado pela crítica internacional    pelo seu trabalho como concertista, tocando Mozart, Telemann, Bach, Poulenc.    Seu CD dedicado a Pixinguinha e Pattápio Silva é considerado como    um dos melhores CDs dos últimos anos. Seus últimos CDs, gravados    ao lado de músicos como Maurício Carrilho, Luciana Rabello e Naylor    Proveta, vêm revelando a riqueza da História da flauta e do Choro    no Brasil. Laureado com o Premier Prix de flauta do Conservatorio de Versalhes    e com a Licence de Concert da École Normale de Musique de Paris, aprendeu    a arte da flauta com mestres como seu pai João Dias Carrasqueira, R.    Bourdin, C. Lardé e J. Galway. Solista frente às mais importantes    orquestras brasileiras, é membro do Quinteto Villa-Lobos, laureado com    Prêmio Carlos Gomes. É professor de Música da ECA-USP. 
ULISSES DE CASTRO, piano
  Estudou piano com Marisa Lacorte, Nair Tabet, Pietro Maranca, Beatriz Balzi    e Amaral Vieira. Camerista, realizou e criou com a atriz Ana Luísa Lacombe    e o soprano Pergy Grassi o "Projeto Recitais Cênicos" com uma    série de seis recitais, entre eles: "À Moda Brasileira"    no qual a obra para piano "Cinco Interlúdios" de E. Villani-Côrtes    teve sua primeira audição mundial. "A Voz Humana" de    Francis Poulenc, "A Redenção Pelo Sonho" de Tim Rescala,    Projeto "Ouvindo Ópera" e Projeto "Maestro Tescari"    do SESC Araraquara com lançamento de um CD. Solista da Orquestra Jovem    e Camerata de Cordas da Fundação das Artes de São Caetano    do Sul, são alguns dos trabalhos como pianista-camerista. Editorou e    lançou com um recital o álbum para piano "Dez Prelúdios    e Cinco Interlúdios" de E. Villani-Côrtes. É professor    de música de câmara e piano da Fundação das Artes    de São Caetano do Sul.
 YURI JARUSKEVICIUS, barítono
  Aluno do soprano Efigênia Côrtes, teve sua estréia no Teatro    Municipal de São Paulo aos 18 anos de idade interpretando o papel título    em Dido e Aeneas de Purcell. Durante 10 anos de carreira atuou em óperas,    concertos e recitais nos mais importantes teatros do Brasil, Argentina e Chile.    É ganhador dos mais importantes prêmios de canto no Brasil como    Concurso Maria Callas, Eleazar de Carvalho, Honorina Barra, Aldo Baldin e Concurso    Bidu Sayão. Dedicou-se especialmente a concertos inteiramente dedicados    à música brasileira, incluindo um concerto dedicado a compositores    brasileiros no Teatro Argentino de La Plata, na séria de música    de câmara do Teatro Colón, durante sua reforma. Fez diversas primeiras    audições de compositores brasileiros, inclusive de peças    escritas e dedicadas a ele, tais como “Missa” de Edmundo Villani-Côrtes    e “A Tempestade” de Ronaldo Miranda.
Serviços:
  SESC Vila Mariana (teatro, 608 lugares)
  Rua Pelotas 141, Vila Mariana, tel. (11) 5080-3000
  INGRESSOS
  R$ 16,00
  [R$ 8,00 (usuário inscrito, + 60 anos, estudante com carteirinha e professor    da rede pública); R$ 4,00 (trabalhador no comércio e serviços    matriculado no SESC e dependentes)]
  Ingressos à venda em todas as unidades do SESC São Paulo e pelo    sistema IngressoSESC.
  Idealização: Abigail Wimer e Jeanne de Castro
  Produção: Jeanne de Castro
  Iluminação: Sílen de Castro
  Direção artística: Edmundo Villani-Côrtes
  Direção geral: Abigail Wimer
  Duração: 90 minutos
  Indicação etária: Não recomendado para    menores de 12 anos
 

 
 
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