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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Impressionismo

Esse movimento surge na França, em meados do século XIX, como um novo modo de percepção do mundo, que se reflete principalmente na música e nas artes plásticas. A arte do extremo oriente de inspiração dos impressionistas se revela na valorização da sonoridade dos instrumentos musicais e dos jogos harmônicos. O principal representante desse movimento é Claude Debussy (1862-1918), que se afasta das temáticas épicas do romantismo. Retoma, em seu quarteto de cordas, elementos modais da música européia do passado, escalas de origem oriental e uma sucessão de acordes que recombinam as notas como modo de modificar o colorido harmônico. Exerce influência sobre Maurice Ravel (1875-1937) Erik Satie (1866-1925) e diversos compositores de movimentos nacionais, como o brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o húngaro Bela Bartok (1881-1945) e o russo Ígor Stravinski (1882-1973).

Arte e Sugestão

Em 1900, a música européia se viu em choque. O longo debate entre wagnerianos e não wagnerianos resultara em impasse. Questionava-se a possibilidade de criar algo realmente novo dentro do sistema tonal, já tão explorado.

Por tentarem encontrar uma saída, os alemães Gustav Mahler (1860-1911) e Richard Strauss (1864-1949) foram considerados "ultramodernos". O russo Aleksandr Scriabin (1872-1915) também buscava soluções. Os acordes da harmonia convencional lhe pareciam gastos demais. Idealizava uma música que "exalasse cheiro", "provocasse visões" e "sugerisse cores". Enquanto isso, quase ignorado por seus contemporâneos, Claude Debussy (1862-1918) resolvia o problema com uma concepção musical nova: o Impressionismo.

Esteticamente, Debussy visava a uma arte de nuanças, que sugerisse em vez de descrever. Para realizá-la, desenvolveu uma técnica que consistia em explorar o encadeamento de acordes, os quais sugeriam várias tonalidades.

Seu contemporâneo Maurice Ravel (1875-1937) não foi menos extraordinário. A obra que compôs - para piano, canto ou orquestra - revela traços impressionistas. Contudo, Ravel está mais próximo de Chabrier pela estética rigorosamente mantida no decorrer de seus trabalhos e à qual limitou sua prodigiosa inspiração.

Enquanto isto, uma nova onda nacionalista se desencadeava em toda a Europa. Na Rússia, surgiram Prokofiev (1891-1953), Shostakovitch (1906), Kabalevsky (1904) e o armênio Khatchaturian (1903); na Espanha, Albéniz (1860-1909), Granados (1867-1916) e De Falla (1876-1946); na Itália, Respighi (1879-1936); e na Checoslováquia, Janacek (1854-1928).

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