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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Saqueadores destruíram múmias no Museu Egípcio, diz arqueólogo

29/01/2011

CAIRO (Reuters) - Saqueadores entraram no Museu Egípcio durante os protestos contra o governo na sexta-feira e destruíram duas múmias faraônicas, disse o principal arqueólogo do país à televisão estatal.

O museu no centro do Cairo, que tem a maior coleção mundial de antiguidades da época dos faraós, está próximo da sede do Partido Nacional Democrático, que comanda o governo. O prédio do partido foi incendiado pelos manifestantes.

"Lamentei profundamente quando cheguei ao Museu Egípcio pela manhã e descobri que algumas pessoas tentaram entrar no museu à força na noite passada", disse Zahi Hawass, presidente do Conselho Supremo de Antiguidades.

"Cidadãos egípcios tentaram brecá-los e foram auxiliados pela polícia turística, mas alguns conseguiram entrar pela parte de cima e destruíram duas das múmias", disse.

Ele afirmou que os saqueadores também arrombaram a bilheteria do museu.

O edifício de dois andares, construído em 1902, abriga dezenas de milhares de objetos, incluindo a maior parte da coleção relacionada a Tutancâmon.

(Reportagem de Yasmine Saleh)

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2011/01/29/saqueadores-destruiram-mumias-no-museu-egipcio-diz-arqueologo.jhtm

Jovens formam corrente humana para proteger Museu do Cairo

CAIRO — Em meio às violentas manifestações que exigem a queda do presidente Hosni Mubarak, jovens egípcios formaram uma corrente humana em torno do Museu do Cairo, que abriga milhares de antiguidades valiosíssimas, para protegê-lo dos enfrentamentos.

Dezenas de pessoas cercaram o museu, no centro da capital - onde está, por exemplo, a célebre máscara mortuária do faraó Tutancamon.

A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição do Egito, disse à AFP que está recrutando membros para organizar comitês de vigilância nos bairros da cidade, para proteger estabelecimentos públicos e privados.

"Escolhemos alguns membros para formar comitês de vigilância nos bairros, e eles ficarão espalhados pela capital tentando protegar as propriedades", indicou Salah Abdelraouf à AFP.

Vários casos de saques já foram registrados no Cairo e em outras cidades do país em meio à onda de protestos, cujo objetivo é a derrubada do presidente Mubarak, de 82 anos, há 30 no poder.

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