A norte-americana Marin Alsop é a nova regente titular da Osesp. Em coletiva de imprensa marcada para este sábado, 12, na Sala São Paulo, o presidente do Conselho da Fundação Osesp, Fernando Henrique Cardoso deve apresentá-la como nova ocupante do cargo, que até agora estava nas mãos do francês Yan Pascal Tortelier. Marin vai assumir o posto no início de 2012 e terá um contrato de cinco anos.
Marin, considerada por muitos como a maior regente feminina da atualidade, tem uma intensa agenda internacional de concertos, o que leva alguns observadores da cena musical nacional a levantar dúvidas sobre o tempo que a norte-americana efetivamente teria para se dedicar ao conjunto paulistano.
Segundo o Estado apurou, o Conselho da Osesp acredita ter conseguido firmar um contrato vantajoso com a maestrina. Ela teria se comprometido a fazer um número de apresentações superior àquele que seu antecessor vem cumprindo. Ao contrário de John Neschling, ela não deve acumular a direção artística da Osesp, que continuará a cargo de Arthur Nestrovski.
Tortelier assumiu a Osesp às pressas logo após a conturbada saída de John Neschling em 2009 e também estava no páreo. Mas não se mostrou como candidato ideal. No último ano, não faltaram conflitos que desgastaram ainda mais sua relação com a orquestra. Os músicos chegaram a reclamar publicamente sobre a falta de envolvimento do maestro.
Nome em ascensão na cena internacional, Marin destaca-se hoje como diretora musical da Orquestra Sinfônica de Baltimore, nos Estados Unidos - cargo em que está desde 2007 e que deve manter mesmo depois de assumir a regência da Osesp.
Aos 54 anos, foi aluna de Leonard Bernstein e tem se notabilizado como uma grande defensora da popularização da música, envolvendo-se, inclusive, em programas de educação musical com a população carente.
Em 2010, Marin apresentou-se com a orquestra de São Paulo em um único programa. Seu desempenho ao conduzir a 7.ª Sinfonia de Mahler foi bem recebido - tanto pelos músicos quanto pela crítica - e teria feito dela uma das concorrentes ao cargo.
O processo de escolha foi conduzido por um comitê que reunia representantes dos músicos, membros da cúpula da Orquestra e dois consultores internacionais: Henry Fogel e Thimoty Walker, o prestigioso diretor executivo e artístico da London Philharmonic Orchestra. Os candidatos foram selecionados a partir dos maestros convidados da última temporada.
Fonte: Estadão - 11 de Fevereiro de 2011
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