Um dos maiores nomes da música brasileira, Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, ganha uma coleção com 3 CDs dedicados a sua obra como compositor e orquestrador
A Série Pixinguinha é o resultado de um criterioso trabalho de pesquisa desenvolvido no acervo particular do artista, com o intuito de apresentar ao público o lado menos conhecido do compositor, instrumentista e, principalmente, do arranjador.
Nas 36 músicas selecionadas para a Série Pixinguinha, estão preciosidades que revelam o amplo olhar do mestre sobre a diversidade musical brasileira. São valsas, maxixes, polcas, modinhas, macumbas, sambas, que nas mãos de Pixinguinha foram transformadas em trilha cinematográfica e em orquestrações sinfônicas surpreendentes. O resultado pode ser conferido nos CDs Pixinguinha no Cinema, Pixinguinha Sinfônico Popular e Pixinguinha Sinfônico.
Destaque da Série, os arranjos sinfônicos foram escritos entre os anos 20 e 50, a maioria deles criados para execução das orquestras das rádios do período. O registro deste precioso conjunto de obras permite a afirmação de que Pixinguinha conquistou na música brasileira um território musical amplo, sendo um dos responsáveis pela inovação e transformação estética surgida na primeira metade do século XX.
A época de ouro do rádio ditava uma produção musical instantânea. A composição nascia diretamente nas partes individuais da orquestra. As partituras chegavam com a tinta ainda molhada nas estantes dos músicos, e serviam como comentário às noticias do dia, homenagem a alguma personalidade, ou ao novo capítulo da novela. E foi em cima destas partes originais, com a caligrafia de Pixinguinha, que reconstruímos as partituras, define o maestro Silvio Barbato, responsável pela regência do disco Pixinguinha Sinfônico.
A direção artística da Série Pixinguinha é assinada pelo maestro Caio Cezar, a produtora Lu Araújo e o cantor e compositor Marcelo Vianna (neto de Pixinguinha). Os CDs foram gravados em 2007 e 2008, no Rio de Janeiro e em Recife.
O lançamento dos CDs Pixinguinha no Cinema, Pixinguinha Sinfônico Popular e Pixinguinha Sinfônico, está sob a responsabilidade dos selos Sesc Rio.Som e Crioula Records. Os discos serão vendidos individualmente, com distribuição nacional e internacional pela Rob Digital. Uma versão de luxo para colecionadores - caixa reunindo os 3 discos e um livreto com depoimentos e fotos-, com tiragem limitada, também
poderá ser adquirida. A Série Pixinguinha conta com o patrocínio da Petrobras, do SESC Rio de Janeiro, Fecomércio, Prefeitura do Recife e Rádio MEC.
A Série Pixinguinha torna-se um acréscimo cultural definitivo e um importante instrumento de apreciação e pesquisa para estudiosos de nossa música. Sobretudo, porque a partir deste registro as orquestrações de Pixinguinha passam a servir a diversas orquestras mundo a fora, diz Lu Araújo, produtora da Série.
Sobre os discos
Pixinguinha no Cinema resgata a trilha sonora do filme Sol Sobre a Lama, dirigido por Alex Viany. Desconhecida do público, a trilha sonora foi composta por Pixinguinha entre 1962/1963 e como algumas canções precisam de letra, foi convocado para tal finalidade Vinicius de Moraes. No repertório 16 composições e orquestrações de Pixinguinha, 5 delas em parceria com Vinícius: Mundo Melhor, Samba Fúnebre, Lamento e as desconhecidas Seule (com letra em francês) e Iemanjá.
O primeiro CD da Série Pixinguinha foi gravado no Rio de Janeiro (novembro/07), no Estúdio Sinfônico da Rádio MEC, mesmo local da original na década de 60. Entre os intérpretes na gravação atual estão Elza Soares, Jards Macalé, CéU, Diogo Nogueira, Marcelo Vianna (neto de Pixinguinha) e Mariana de Moraes (neta de Vinícius). “Vinícius queria deixar um trabalho com Pixinguinha, por amor. Isso foi coisa dos deuses pra ele. Nenhum casamento valeu tanto dentro da alma de Vinícius, quanto esta parceria com Pixinguinha”, conclui Gessy Gesse, atriz que conheceu Vinícius durante as gravações de Sol Sobre a Lama e mais tarde se tornou uma de suas muitas esposas.
A gravação de Pixinguinha no Cinema deu origem ao filme de curta-metragem, Nós Somos um Poema, que conta as curiosidades sobre a parceria musical de Vinícius e Pixinguinha.
O segundo CD, Pixinguinha Sinfônico Popular, foi gravado no Teatro de Santa Isabel, em Recife (junho/08), com a Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Osman Gioia. Escolhida por ser uma das únicas orquestras nacionais a praticar repertórios populares brasileiros, a Sinfônica de Recife ganhou o auxílio luxuoso de músicos convidados como Oscar Bolão (bateria), Itamar Assiere (piano) e de um quinteto de saxofones liderado por Carlos Malta.
Nele, os naipes tradicionais de uma orquestra sinfônica se fundem aos metais e palhetas das Big Bands. Alguns destaques são Paciente (Pixinguinha e Daniel Santos), Querendo Bem (Pixinguinha e Ciro Porto), Marreco quer Água e Concerto de Bateria (Pixinguinha). É bom que se diga que todas as músicas aqui apresentadas têm a assinatura de Pixinguinha não apenas na composição, mas também nos arranjos. Um Pixinguinha
Puro, responsável por introduzir um sotaque brasileiro às orquestrações encomendadas pelas gravadoras na época, comenta Sérgio Cabral, jornalista e biógrafo de Pixinguinha.
O terceiro CD da Série, Pixinguinha Sinfônico, foi gravado no Rio de Janeiro (outubro/08) e contou com a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência de Silvio Barbato, para a interpretação de um material totalmente inédito em disco, onde Pixinguinha explora timbres, texturas e contrapontos, demonstrando profundo conhecimento sobre a linguagem orquestral.
Participam como solistas Hamilton de Holanda, bandolim em Stela (Pixinguinha); Toninho Ferragutti, acordeon em Rancho Abandonado (Pixinguinha e Cândido das Neves); José Staneck, gaita em Modinha Brasileira (Pixinguinha); Carlos Malta, sax soprano em Canção da Odalisca (Pixinguinha); Vittor Santos, trombone em Os que Sofrem (Pixinguinha) e Paulo Sergio Santos (clarineta) em Flor do Mal (Santos Coelho e João Portaro), canções que unem harmoniosamente o clássico ao popular.
Os destaques não param por aí: a versão para Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), na instrumentação original, com cerca de 8 minutos, pode ser considerada um verdadeiro “poema sinfônico”. Em Caboclo do Mato (João da Baiana), Pixinguinha une ritmos de macumba e elementos africanos as cordas e madeiras da orquestra sinfônica.
Sobre o filme
Nós Somos um Poema, documentário musical em curta-metragem, dirigido por Sergio Sbragia e Beth Formaggini e produzido por Lu Araújo, recupera através de números musicais, depoimentos e imagens, a histórica parceria de Pixinguinha com Vinicius de Moraes para criação da trilha sonora do filme Sol Sobre a Lama (1963). Importante marco do Cinema Novo, o filme ganhou poucas exibições, mas contribuiu definitivamente para o surgimento de uma das mais expressivas parcerias da MPB. Participam Elza Soares, Diogo Nogueira, Jards Macalé, CéU, Sérgio Cabral, Quarteto em Cy, Orlando Senna, Suzana de Moraes, Gessy Gesse, Betina Viany e músicos convidados.
Nós Somos um Poema conquistou os prêmios de “Menção Honrosa” no festival CINE PE 2009 e “Menção Especial do Troféu Jangada” no 15º Vitória Cine e Vídeo. O filme foi patrocinado pela Petrobras e SESC Rio de Janeiro.
A Série Pixinguinha é o resultado de um criterioso trabalho de pesquisa desenvolvido no acervo particular do artista, com o intuito de apresentar ao público o lado menos conhecido do compositor, instrumentista e, principalmente, do arranjador.
Nas 36 músicas selecionadas para a Série Pixinguinha, estão preciosidades que revelam o amplo olhar do mestre sobre a diversidade musical brasileira. São valsas, maxixes, polcas, modinhas, macumbas, sambas, que nas mãos de Pixinguinha foram transformadas em trilha cinematográfica e em orquestrações sinfônicas surpreendentes. O resultado pode ser conferido nos CDs Pixinguinha no Cinema, Pixinguinha Sinfônico Popular e Pixinguinha Sinfônico.
Destaque da Série, os arranjos sinfônicos foram escritos entre os anos 20 e 50, a maioria deles criados para execução das orquestras das rádios do período. O registro deste precioso conjunto de obras permite a afirmação de que Pixinguinha conquistou na música brasileira um território musical amplo, sendo um dos responsáveis pela inovação e transformação estética surgida na primeira metade do século XX.
A época de ouro do rádio ditava uma produção musical instantânea. A composição nascia diretamente nas partes individuais da orquestra. As partituras chegavam com a tinta ainda molhada nas estantes dos músicos, e serviam como comentário às noticias do dia, homenagem a alguma personalidade, ou ao novo capítulo da novela. E foi em cima destas partes originais, com a caligrafia de Pixinguinha, que reconstruímos as partituras, define o maestro Silvio Barbato, responsável pela regência do disco Pixinguinha Sinfônico.
A direção artística da Série Pixinguinha é assinada pelo maestro Caio Cezar, a produtora Lu Araújo e o cantor e compositor Marcelo Vianna (neto de Pixinguinha). Os CDs foram gravados em 2007 e 2008, no Rio de Janeiro e em Recife.
O lançamento dos CDs Pixinguinha no Cinema, Pixinguinha Sinfônico Popular e Pixinguinha Sinfônico, está sob a responsabilidade dos selos Sesc Rio.Som e Crioula Records. Os discos serão vendidos individualmente, com distribuição nacional e internacional pela Rob Digital. Uma versão de luxo para colecionadores - caixa reunindo os 3 discos e um livreto com depoimentos e fotos-, com tiragem limitada, também
poderá ser adquirida. A Série Pixinguinha conta com o patrocínio da Petrobras, do SESC Rio de Janeiro, Fecomércio, Prefeitura do Recife e Rádio MEC.
A Série Pixinguinha torna-se um acréscimo cultural definitivo e um importante instrumento de apreciação e pesquisa para estudiosos de nossa música. Sobretudo, porque a partir deste registro as orquestrações de Pixinguinha passam a servir a diversas orquestras mundo a fora, diz Lu Araújo, produtora da Série.
Sobre os discos
Pixinguinha no Cinema resgata a trilha sonora do filme Sol Sobre a Lama, dirigido por Alex Viany. Desconhecida do público, a trilha sonora foi composta por Pixinguinha entre 1962/1963 e como algumas canções precisam de letra, foi convocado para tal finalidade Vinicius de Moraes. No repertório 16 composições e orquestrações de Pixinguinha, 5 delas em parceria com Vinícius: Mundo Melhor, Samba Fúnebre, Lamento e as desconhecidas Seule (com letra em francês) e Iemanjá.
O primeiro CD da Série Pixinguinha foi gravado no Rio de Janeiro (novembro/07), no Estúdio Sinfônico da Rádio MEC, mesmo local da original na década de 60. Entre os intérpretes na gravação atual estão Elza Soares, Jards Macalé, CéU, Diogo Nogueira, Marcelo Vianna (neto de Pixinguinha) e Mariana de Moraes (neta de Vinícius). “Vinícius queria deixar um trabalho com Pixinguinha, por amor. Isso foi coisa dos deuses pra ele. Nenhum casamento valeu tanto dentro da alma de Vinícius, quanto esta parceria com Pixinguinha”, conclui Gessy Gesse, atriz que conheceu Vinícius durante as gravações de Sol Sobre a Lama e mais tarde se tornou uma de suas muitas esposas.
A gravação de Pixinguinha no Cinema deu origem ao filme de curta-metragem, Nós Somos um Poema, que conta as curiosidades sobre a parceria musical de Vinícius e Pixinguinha.
O segundo CD, Pixinguinha Sinfônico Popular, foi gravado no Teatro de Santa Isabel, em Recife (junho/08), com a Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Osman Gioia. Escolhida por ser uma das únicas orquestras nacionais a praticar repertórios populares brasileiros, a Sinfônica de Recife ganhou o auxílio luxuoso de músicos convidados como Oscar Bolão (bateria), Itamar Assiere (piano) e de um quinteto de saxofones liderado por Carlos Malta.
Nele, os naipes tradicionais de uma orquestra sinfônica se fundem aos metais e palhetas das Big Bands. Alguns destaques são Paciente (Pixinguinha e Daniel Santos), Querendo Bem (Pixinguinha e Ciro Porto), Marreco quer Água e Concerto de Bateria (Pixinguinha). É bom que se diga que todas as músicas aqui apresentadas têm a assinatura de Pixinguinha não apenas na composição, mas também nos arranjos. Um Pixinguinha
Puro, responsável por introduzir um sotaque brasileiro às orquestrações encomendadas pelas gravadoras na época, comenta Sérgio Cabral, jornalista e biógrafo de Pixinguinha.
O terceiro CD da Série, Pixinguinha Sinfônico, foi gravado no Rio de Janeiro (outubro/08) e contou com a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência de Silvio Barbato, para a interpretação de um material totalmente inédito em disco, onde Pixinguinha explora timbres, texturas e contrapontos, demonstrando profundo conhecimento sobre a linguagem orquestral.
Participam como solistas Hamilton de Holanda, bandolim em Stela (Pixinguinha); Toninho Ferragutti, acordeon em Rancho Abandonado (Pixinguinha e Cândido das Neves); José Staneck, gaita em Modinha Brasileira (Pixinguinha); Carlos Malta, sax soprano em Canção da Odalisca (Pixinguinha); Vittor Santos, trombone em Os que Sofrem (Pixinguinha) e Paulo Sergio Santos (clarineta) em Flor do Mal (Santos Coelho e João Portaro), canções que unem harmoniosamente o clássico ao popular.
Os destaques não param por aí: a versão para Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), na instrumentação original, com cerca de 8 minutos, pode ser considerada um verdadeiro “poema sinfônico”. Em Caboclo do Mato (João da Baiana), Pixinguinha une ritmos de macumba e elementos africanos as cordas e madeiras da orquestra sinfônica.
Sobre o filme
Nós Somos um Poema, documentário musical em curta-metragem, dirigido por Sergio Sbragia e Beth Formaggini e produzido por Lu Araújo, recupera através de números musicais, depoimentos e imagens, a histórica parceria de Pixinguinha com Vinicius de Moraes para criação da trilha sonora do filme Sol Sobre a Lama (1963). Importante marco do Cinema Novo, o filme ganhou poucas exibições, mas contribuiu definitivamente para o surgimento de uma das mais expressivas parcerias da MPB. Participam Elza Soares, Diogo Nogueira, Jards Macalé, CéU, Sérgio Cabral, Quarteto em Cy, Orlando Senna, Suzana de Moraes, Gessy Gesse, Betina Viany e músicos convidados.
Nós Somos um Poema conquistou os prêmios de “Menção Honrosa” no festival CINE PE 2009 e “Menção Especial do Troféu Jangada” no 15º Vitória Cine e Vídeo. O filme foi patrocinado pela Petrobras e SESC Rio de Janeiro.
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