Páginas

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Show homenageia Elvis Presley, que faria 75 anos em 2010

Espetáculo sobre a vida do rei do rock é uma salada musical. Os produtores pegaram canções gravadas por Elvis em shows, estúdios, filmes e até mesmo do arquivo pessoal.

Rodrigo Bocardi Las Vegas, EUA

Se Elvis Presley não morreu, é natural que exista um show dele em Las Vegas. Parece até prova de imortalidade, tanto que músicas antigas ficaram diferentes: foram remixadas.

É o resultado de uma salada musical. Os produtores pegaram canções gravadas por Elvis em shows, estúdios, filmes e até mesmo do arquivo pessoal. Botaram algumas doses de guitarra elétrica, outras de percussão. Fizeram uma fusão de estilos como o reggae, hip-hop, punk. E mantiveram a voz, claro.

O diretor musical desse novo disco diz que o som vai levar os mais velhos à juventude e os mais jovens aos anos 60, 70. As "novas" músicas de Elvis Presley foram feitas em parceria com o Cirque du Soleil e são o combustível desse espetáculo em Las Vegas, cidade que, aliás, é o que é muito por causa de Elvis Presley. Foi lá que ele se apresentou nos últimos anos de carreira.

No espetáculo, a banda é protagonista. Está no palco em todos os atos. E a música de Elvis serve para contar a história do próprio Elvis. O início da carreira na igreja com a música gospel, a ida ao exército na Alemanha e o casamento com Priscila Presley ao som de Love Me Tender.

A mãe de Lisa Marie Presley, única filha de Elvis, falou ao Jornal da Globo. “Nós já estamos vendo mais jovens se interessando pelas músicas dele", diz Priscila. Basta olhar no rosto de cada um dos milhares de fãs que, neste ano, visitaram a casa onde Elvis viveu e morreu, a Graceland, em Memphis, no Tennessee.

Mas Priscila, que viveu com Elvis na mansão, sabe que mexer nas músicas de Elvis Presley é como mexer em vespeiro. "Corremos um risco de os fãs mais antigos não gostarem, mas o circo reduz esse risco, porque as pessoas vão ver Elvis com alegria, e celebrar a música, a vida, os filmes dele", afirma.

Para um espetáculo com a magnitude de Elvis Presley, não poderia ser diferente. A estrutura é grande, e é só uma parte do palco. O Brasil tem a ver com tudo isso. Em uma salinha no canto, quase escondida, é onde Elvis Presley, Cirque du Soleil e os brasileiros se encontram.

Nildo, Wellington, João. Paulistas e pernambucanos entre 20 e 30 anos que não viveram os tempos de Elvis, mas que agora fazem estripulias ao som do astro do rock.

“A música que eles escolheram para por no nosso número é sensacional, porque dá muita energia. E como eles fizeram um mix, tem um tempo certo quando a gente bate no trampolim, e bate e volta. É muito bom", diz o artista Wellington Lima.

O pessoal brinca, mas é sério. João Paulo de Souza era ginasta, campeão sul-americano.
Hoje é artista. E mais feliz. É capaz de dizer que o patrão é um tal de Elvis. "Se for parar para pensar, ele é o homem que me deu o emprego aqui. Se não existisse Elvis, não ia existir o show e não ia existir o meu trabalho", explica.

Então, viva Elvis. Esse é o nome do show, do disco, é a celebração dos fãs neste 2010, quando o rei do rock faria 75 anos. Faria, não: para os fãs, o imortal Elvis Presley fez 75 anos.

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/12/show-homenageia-elvis-presley-que-faria-75-anos-em-2010.html

Nenhum comentário: